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Presos fazem nova rebelião em Goiás

5 de janeiro de 2018

Motim ocorre em penitenciária onde rebelião recente deixou nove mortos e 14 feridos. Governo afirma que situação foi controlada e começou em tentativa de invasão de alas.

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Foto: CNJ

Três dias após um motim que deixou nove mortos, os presos da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, na região metropolitana de Goiânia, fizeram nesta quinta-feira (04/01) uma nova rebelião. Em nota, o governo de Goiás afirmou que a situação já foi controlada e não houve mortos e feridos.

Leia mais: Um ano após massacres, velhos problemas persistem no sistema prisional brasileiro

O governo afirmou que a confusão começou numa tentativa de invasão de presos da ala C nas alas A, B e D do complexo. Batalhões de Operações Especiais, de Choque e do Grupo Radiopatrulha Aérea foram enviados ao local para conter o motim. A região ao redor da penitenciária foi isolada pela polícia.

"O serviço de inteligência policial já monitorava a ação dos presos e a tentativa de rebelião foi rapidamente controlada. Não houve mortes nem feridos. Uma fuga foi registrada”, afirmou o governo em nota. O governo destacou ainda que a polícia civil está investigando os fatos que ocasionaram tumultos no presídio nos últimos dias.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, determinou na terça-feira que o Tribunal de Justiça de Goiás enviasse ao conselho um relatório com informações sobre as condições do presídio. Ela anunciou também que fará uma inspeção na penitenciária na próxima semana.

Este foi o segundo motim no local em menos de uma semana. No 1° dia do ano, um confronto entre grupos criminosos rivais deixou nove mortos e 14 feridos. Durante a rebelião, 242 detentos conseguiram fugir, segundo a Superintendência de Administração Penitenciária de Goiás.

A primeira rebelião em Goiás aconteceu exatamente um ano depois do motim no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, que deixou 56 presos mortos.

O motim de então foi seguido de uma onda de rebeliões nas primeiras semanas de janeiro, que resultaram na morte brutal de dezenas de detentos em presídios do Amazonas, Rio Grande do Norte e Roraima, expondo a grave crise nas penitenciárias brasileiras.

CN/abr/ots

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