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Rhapsody in School

4 de março de 2011

O projeto Rhapsody in School organiza a visitas de intérpretes profissionais a escolas alemãs. A ideia é contar aos alunos sobre o trabalho com a música clássica e incentivá-los à prática da mesma.

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Crianças entram em contato com instrumentos na cidade de KerpenFoto: Rhapsody in School

Uma sala de aula se transforma em sala de concertos: de um lado, fica o palco, do outro, algumas fileiras de cadeiras onde se instala um grupo de crianças. Este é o cenário do qual participam aproximadamente 40 alunos entre oito e nove anos de idade de uma escola do ensino fundamental localizada no bairro de Ehrenfeld de Colônia, no noroeste alemão.

A instituição de ensino é uma entre muitas que participam do projeto Rhapsody in School ("Rapsódia na Escola": jogo de palavras com a Rhapsody in Blue de George Gershwin). A convidada de hoje, a flautista doce Dorothee Oberlinger, não dará um concerto no sentido convencional do termo, mas sim uma demonstração viva dos instrumentos musicais, acompanhada de pequenos jogos de adivinhação para testar os conhecimentos dos alunos sobre o assunto.

Ideia que faz escola

Essa aula de música pouco convencional, parte do projeto Rhapsody in School, foi concebida há mais de cinco anos pelo pianista Lars Vogt.

"Acho que, no caso das artes e da música, a formação depende muitíssimo da personalidade do professor. Quando alguém relata algo com entusiasmo, dizendo que ama com paixão aquela atividade. e que ela é a principal coisa em sua vida, então quem ouve naturalmente adquire curiosidade sobre o assunto, perguntando-se o que está por trás disso", teoriza o músico.

Rhapsody in School: Dorothee Oberlinger mit Grundschulkindern
Dorothee Oberlinger, suas flautas doces e alunos do ensino fundamentalFoto: Rhapsody in School

Desde que o projeto foi iniciado, vários artistas de renome já participaram com suas presenças nas escolas envolvidas, como a violinista Julia Fischer, o violoncelista Daniel Müller-Schott ou a clarinetista Sharon Kam.

Porta para um outro mundo

Quando Dorothee Oberlinger desempacota todo seu arsenal de flautas doces na escola de Colônia, espalhando os instrumentos sobre o palco, ela tem toda a atenção das crianças, que podem, inclusive, tocar nos instrumentos.

"Fico sempre fascinada com a abertura das crianças, com o fato de elas não virem para a aula com nenhuma espécie de preconceito, mas sim com ouvidos abertos de fato. Elas ficam sentadinhas ali e fazem perguntas muito pertinentes. Há alguns professores que reúnem cartas dos alunos. Em uma dessas, um garoto escreveu, por exemplo, que essa música abriu para ele a porta para um mundo completamente diferente – uma observação bem filosófica, e que resume um pouco a experiência", conta a flautista, fazendo notar seu prazer em trabalhar com as crianças.

Música clássica contagia

Rhapsody in School: Dorothee Oberlinger in Ingolstadt 2010
Iniciação musical: importante para o desenvolvimentoFoto: Rhapsody in School

A atmosfera na sala de concertos improvisada vai ficando cada vez mais animada. Oberlinger toca uma melodia e pergunta às crianças de que época ela poderia ser. "Da Idade Média", é a resposta que vem de diversos cantos. As crianças aprendem que, além de tocar melodias, a flauta doce é capaz de produzir diversos sons e efeitos; que se podem tocar dois instrumentos ao mesmo tempo; e que também é possível cantar e tocar flauta.

Christiane Röttger coordena em Colônia a "Rapsódia na Escola". "A ideia é que as crianças tenham contato com a música clássica, que sejam lentamente introduzidas no assunto. Os artistas se declararam dispostos a participar. Sabemos quem se apresenta quando em cada cidade, para que possam vir até as escolas", explica a organizadora.

Autora: Gudrun Stegen (sv)
Revisão: Augusto Valente