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Protestos no 7 de setembro pedem saída de Temer

8 de setembro de 2016

Manifestantes contrários ao governo se unem ao movimento Grito dos Excluídos em várias cidades do país. Em São Paulo, ato tem menor adesão que último protesto e termina pacífico. Brasília e Rio também recebem marchas.

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Manifestação em Brasília ocorreu na Esplanada dos Ministérios
Manifestação em Brasília ocorreu na Esplanada dos MinistériosFoto: Agencia Brasil/M. Camargo

Manifestantes foram às ruas em pelo menos 25 estados e no Distrito Federal nesta quarta-feira (07/09) para protestar contra o governo do presidente Michel Temer. Em algumas cidades, os atos se uniram às atividades do Grito dos Excluídos, tradicional manifestação de 7 de setembro.

Em Brasília, o protesto teve lugar na Esplanada dos Ministérios. O grupo – 2,7 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal, e 10 mil pessoas, de acordo com os organizadores – pediam por novas eleições ao entoar "Eu já falei, vou repetir, é o povo que tem que decidir".

Os manifestantes, que se juntaram ao Grito dos Excluídos na capital federal, também criticaram a reforma da Previdência e a proposta de fixação de um teto para o reajuste orçamentário.

Antes do ato, durante o desfile oficial de 7 de setembro, o presidente recebeu vaias e gritos de "golpista" e "Fora, Temer" em sua primeira aparição pública após o impeachment de Dilma Rousseff. Um dos manifestantes levantou uma faixa com os dizeres: "Não aceitamos governo ilegítimo."

Já São Paulo foi palco de dois protestos contra o governo Temer – ambos pacíficos, diferente do que vinha sendo visto em manifestações recentes.

Um dos atos, também convocado pelo Grito dos Excluídos, teve início na avenida Paulista e foi encerrado no Ibirapuera. Segundo a organização, havia 15 mil pessoas – a Polícia Militar não fez estimativa de público. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-senador Eduardo Suplicy estiveram no protesto sob cartazes com mensagens como "Fora, Temer" e "Não ao golpe".

Outro protesto começou mais tarde na Praça da Sé, percorrendo também a avenida Paulista e terminando algumas horas depois na Praça da República, no centro da cidade. A quantidade de pessoas presentes no ato não foi informada nem pela PM nem pela organização.

O policiamento ocorreu com menos efetivo do que nas últimas manifestações. Durante o percurso, os ativistas chegaram a gritar as frases "Que coincidência: não tem polícia, não tem violência", referindo-se a outros atos com policiamento ostensivo e que acabaram com repressão policial.

No Rio de Janeiro, a manifestação ocorreu ao fim do desfile de 7 de setembro e ocupou uma parte da avenida Presidente Vargas. O movimento Grito dos Excluídos, que tradicionalmente defende direitos sociais, ganhou novas bandeiras com a adesão de grupos contrários ao governo Temer.

Segurando cartazes e faixas, o grupo classificava o impeachment de Dilma como "golpe" e pedia a saída do presidente peemedebista, bem como a prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

O ato na capital fluminense também foi pacífico. Durante a manhã, um rapaz vestindo uma fantasia de Homem-Aranha foi detido após responder a provocações de estudantes de um colégio militar.

Os organizadores estimaram a presença de 10 mil manifestantes, enquanto a Polícia Militar do Rio de Janeiro informou que não faria contagem do público.

O maior protesto contra Temer, segundo a organização, teria ocorrido em Salvador, com 100 mil pessoas. A PM não divulgou estimativas. O ato foi convocado por diversos movimentos, como Grito dos Excluídos, Central Única de Trabalhadores (CUT), Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Brasileiros foram às ruas em várias outras capitais, como Rio Branco, Maceió, Macapá, Manaus, Fortaleza, Campo Grande, Belém, João Pessoa e Porto Alegre. Em Recife, os organizadores estimaram 20 mil participantes, e em Belo Horizonte, 30 mil – a PM não fará contagem nessas cidades.

EK/abr/ots