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Provocações vão levar a maior isolamento da Rússia, alerta Obama

17 de março de 2014

Presidente americano impõe nova série de sanções contra envolvidos na crise da Crimeia. Entre os afetados, altos funcionários do governo russo e autoridades pró-Moscou da península.

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Foto: Reuters

Os Estados Unidos impuseram nesta segunda-feira (17/03) mais uma série de sanções contra autoridades russas, e o presidente Barack Obama alertou que, se a intervenção de Moscou na Crimeia continuar, novas medidas serão tomadas.

"Vamos continuar a deixar claro que mais provocações não vão levar a nada, senão a um maior isolamento da Rússia e a uma diminuição de seu espaço no mundo", disse Obama. "Se a Rússia continuar a interferir na Ucrânia, estaremos preparados para impor mais sanções."

As medidas aprofundam aquele que é tido como o maior desentendimento entre Washington e Moscou desde o fim da Guerra Fria e chegam um dia após a Crimeia decidir, através de um referendo, sobre sua adesão à Rússia. A votação foi considerada ilegítima pelo Ocidente.

As sanções americanas afetam sete altos funcionários do governo de Moscou e quatro cidadãos ucranianos, entre eles o presidente deposto Viktor Yanukovytch. O presidente russo, Vladimir Putin, não foi sancionado – é raro que os EUA apliquem tal medida contra um chefe de Estado.

Os sancionados tiveram propriedades, bens ou rendimentos nos Estados Unidos bloqueados. Na lista estão também o vice-primeiro-ministro russo, Dimitri Rogozin, e vários líderes de alto escalão do Parlamento russo, além de assessores de Putin. Rogozin ironizou a decisão da Casa Branca:

"Camarada Obama: o que o senhor vai fazer contra aqueles que não têm contas ou propriedades no exterior? Ou o senhor não pensou nisso?", escreveu Rogozin no Twitter.

Na Crimeia, os alvos das sanções são o autonomeado primeiro-ministro Serguei Aksyonov e Vladimir Konstantinov, presidente do Parlamento da península. Ambos são pró-Moscou.

Também nesta segunda-feira, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia concordaram em sancionar 21 russos e ucranianos considerados responsáveis pela instabilidade na Crimeia. O bloco decidiu restringir os vistos e congelar os bens em território comunitário dos envolvidos.

RC/ rtr/ dpa