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Rússia acusa Ucrânia de violações de direitos humanos

5 de maio de 2014

Compilado por Moscou, “Livro Branco” acusa ucranianos de intimidarem russos com violência física e diz que fracasso em resolver crise é ameaça à paz na Europa. Documento também denuncia avanço de neonazistas.

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Foto: Reuters

O Ministério de Relações Exteriores da Rússia acusou a Ucrânia de cometer graves violações contra os direitos humanos e civis desde a o início da crise política no país, em novembro de 2013. Em uma série de documentos compilados num chamado “Livro Branco”, Moscou afirma que manifestantes ucranianos perseguem os russos no país, intimidando-os com repressão e violência física.

O governo russo pediu ajuda da comunidade internacional e alertou que o fracasso em conter a agitação política na Ucrânia pode ser uma ameaça para a paz na Europa. “Os esforços conjuntos do povo ucraniano e da comunidade internacional devem, o mais rápido possível, pôr um fim ao racismo, xenofobia, intolerância étnica e à glorificação dos nazistas”, afirma o documento.

Moscou ainda diz que forças “ultranacionalistas, extremistas e neonazistas” monopolizaram o movimento de protesto na Ucrânia. De acordo com o documento, esses grupos cometem “violações em massa” contra os direitos humanos de russos no país. Entre essas violações estariam denúncias de tortura e de tratamento desumano.

O relatório, que se concentra sobre o período de novembro de 2013 a março de 2014, também traz fotos dos confrontos entre grupos pró-Kiev e pró-Moscou.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, pediu para esta terça-feira (06/05) uma reunião dos ministros de Relações Exteriores do Conselho Europeu para ajudar na implementação de uma reforma constitucional “profunda” na Ucrânia. Lavrov ainda pediu ao conselho que investigue as violações de direitos humanos no país.

“Infelizmente, as mais cruéis violações de direitos humanos e da lei que foram ou estão sendo perpetradas continuam impunes”, afirma o documento. “Os culpados devem ser devidamente punidos. Caso contrário, extremistas de todos os tipos receberiam um perigoso sinal de encorajamento.”

Mediação

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, ofereceu nesta segunda-feira sua ajuda para mediar a crise na Ucrânia. Ban disse estar “profundamente preocupado” com a situação no país e pediu a todos os países envolvidos que respeitem o acordo assinado em Genebra em 17 de abril.

“Estou discutindo esse assunto com todas as partes envolvidas – líderes ucranianos, da Federação Russa, da União Europeia, e os americanos”, disse o secretário-geral. “Peço a essas quatro partes que resolvam este problema por meios pacíficos e estou pronto para ajudar se necessário.”

RM/afp/dpa