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Rússia e China vetam resolução da ONU sobre trégua em Aleppo

6 de dezembro de 2016

Proposta de cessar-fogo de sete dias na cidade síria apresentada no Conselho de Segurança é rejeitada por Moscou, que alega estar em negociações com Washington. Venezuela também vota contra o texto.

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Conselho de Segurança da ONU
Foto: picture-alliance/Photoshot

Rússia e China vetaram nesta segunda-feira (05/12) uma resolução do Conselho de Segurança da ONU voltada a estabelecer um cessar-fogo de sete dias em Aleppo, na Síria. A Venezuela também votou contra o texto, enquanto Angola se absteve. Os outros 11 membros do conselho votaram a favor.

Apresentada por Egito, Espanha e Nova Zelândia, a resolução exigia que as partes em conflito interrompessem "todos e quaisquer ataques na cidade de Aleppo".

A Rússia, aliada-chave do regime do presidente sírio Bashar al-Assad, tentou em vão adiar a tomada de decisão para terça-feira, a fim de dar tempo para que oficiais russos e americanos se encontrassem em Genebra. As negociações em questão, segundo Moscou, tem como alvo um plano para que os rebeldes se retirem do leste de cidade, sob cerco do regime, algo que têm rejeitado categoricamente.

O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, disse que Washington e Moscou "estão próximos de um acordo sobre os elementos básicos".

"Álibi inventado"

A vice-enviada americana, Michele Sison, contudo, acusou Churkin de "inventar um álibi". "Não deixaremos a Rússia enrolar o Conselho de Segurança na espera de um acordo que nunca virá," disse Sison. "Continuaremos as negociações bilaterais [com a Rússia] para aliviar o sofrimento em Aleppo, mas não alcançamos um avanço porque a Rússia quer manter seus ganhos militares."

Moscou vetou um total de seis resoluções do Conselho de Segurança sobre a Síria, enquanto Pequim bloqueou cinco.

As forças russas atuam no conflito na Síria desde setembro de 2015, lançando ataques aéreos contra grupos terroristas na tentativa de fortalecer o regime de Assad. Porém, forças da oposição apoiadas pelos Estados Unidos têm sido alvo da campanha aérea, afirmam grupos rebeldes.

Mais de 300 mil pessoas foram mortas e metade da população foi desalojada desde o início da guerra civil na Síria, em 2011, quando tropas do governo reprimiram brutalmente manifestações pacíficas pedindo a renúncia de Assad.

IP/ap/afp/dpa