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Rússia lança telescópio espacial alemão para mapear cosmo

13 de julho de 2019

Satélite científico russo Spektr-RG substituiu antecessor inoperante desde janeiro. A bordo, telescópio eROSITA, de fabricação alemã, permitirá traçar "mapa celeste completo" no espectro dos raios X.

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Lançamento do observatório espacial russo Spektr-RG, tendo a bordo telescópio de raios X alemão eROSITA
Satélite russo tem a bordo telescópio de raios X alemão eROSITAFoto: Reuters/Handout Roscosmos

A Rússia lançou com sucesso, neste sábado (13/07), o observatório espacial Spektr-RG, com o telescópio alemão eROSITA, informou a agência espacial Roscosmos.

Após dois adiamentos, o lançamento realizou-se às 15h31 de Moscou (9h31 em Brasília) a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão. Poucos minutos depois da decolagem, o observatório espacial com o bloco acelerador se separaram com sucesso do foguete.

Em conjunto com o telescópio russo ART-XC, o eROSITA, dotado de sete detectores de raios X, permitirá observar mais de 100 mil clusters galácticos e obter imagens de milhões de buracos-negros, grupos de galáxias e estrelas de nêutrons mortos, marcando "o início de uma nova era na astronomia de raios X", segundo comunicado do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, em Munique, que forneceu o instrumento.

Telescópio espacial eROSITA, do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre
eROSITA foi criado pelo Instituto Max Planck de Física ExtraterrestreFoto: picture-alliance/Peter Friedrich/MPE/dpa

Enumerando à agência de notícias russa Interfax as possibilidades que traz o Spektr-RG, o cientista russo Rashid Siunayev antecipou: "Em seis meses teremos um mapa completo do céu no espectro dos raios X. Se tudo sair como o esperado, veremos milhões de fontes. Esperamos ver cerca de 3 milhões de buracos negros."

Segundo o programa de voo teuto-russo, o satélite orbitará no chamado ponto de Lagrange (L2) do sistema solar, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, posição ideal para a observação do universo profundo.

Os especialistas russos esperam que o Spektr-RG esteja em operação por, no mínimo, quatro anos, a fim de confeccionar um mapa detalhado do universo, ajudando a compreender melhor sua evolução. Ele vem substituir o Spektr-R russo, semelhante ao Hubble, que deixara de reagir ao controle de solo em janeiro. O atual lançamento foi adiado em duas ocasiões, em 21 de junho e 12 de julho.

AV/efe,afp,dpa

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