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Redes sociais eliminam barreiras entre atletas e fãs

9 de agosto de 2012

Antes eram o rádio e a televisão que mostravam "tudo" que acontecia nos Jogos Olímpicos. Hoje, esse papel é também dos próprios atletas, que cada vez mais utilizam o Twitter, Facebook e YouTube.

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Foto: Reuters

As redes sociais são a bola da vez nos Jogos Olímpicos de Londres. Mais e mais atletas estão usando Twitter, Facebook ou YouTube para informar seus fãs sobre o que de mais ou menos importante acontece em suas vidas. Essas plataformas também são uma ótima maneira de eles fazerem seu marketing pessoal. Para o Comite Olímpico Internacional (COI), as novas mídias são bem-vindas, porém com regras estritas.

Logo após ganhar a medalha de ouro na prova dos 100 metros rasos, Usian Bolt estava comemorando com seus fãs no Twitter e no Facebook, postando fotos de sua vitória olímpica e celebrando com o seu típico entusiasmo. A resposta foi imediata, um de seus fãs o parabenizou no Twitter: “Inacreditável Usian! Certamente o maior de todos os tempos”. A mensagem foi repassada por Bolt para os seus 984 mil seguidores.

Sem surpresas

O COI incentiva o uso das redes sociais, mas, ao mesmo tempo, luta para não perder o controle. Há quatro anos, nas olimpíadas de Pequim, Twitter e Facebook não tinham o alcance e a popularidade que têm hoje e não preocupavam o COI. Em Londres, as coisas mudaram muito. Os dois serviços online se tornaram meios de comunicação de massa. Assim, os organizadores criaram sua própria plataforma chamada "Olympic Athletes' Hub", que reúne, no mesmo site, todos os tuítes e mensagens de Facebook dos atletas.

Os organizadores não querem deixar que nada inesperado aconteça. Um guia com regras foi enviado aos atletas antes dos jogos começarem. Eles não podem enviar gravações de áudio ou vídeo das competições, as mensagens tem que ser escritas na primeira pessoa e na forma de diário e toda a propaganda está proibida.

Olympische Sommerspiele 2012 in London Zuschauer mit Handy
Redes sociais são bem-vindas, mas com restriçõesFoto: Reuters

Ovelha negra

A maioria dos atletas segue as regras do COI. Eles postam fotos de passeios pela cidade e de suas medalhas, agradecem os fãs pela torcida e compartilham a dor da derrota. Mas as redes sociais não podem ser controladas tão facilmente quanto o COI gostaria. Na primeira semana dos jogos, houve violações das regras e alguns escândalos.

Na chegada em Londres, alguns atletas reclamaram no Twitter sobre a odisséia que foi ir de ônibus até a vila olímpica. Uma atleta grega de salto triplo postou um comentário racista. Um jogador de futebol suíço ameaçou um oponente. Ambos foram desqualificados dos jogos. Alguns dos atletas da delegação americana reclamaram das restrições em relação a propaganda.

Máximo controle

Como os organizadores dos jogos não podem controlar as milhares de mensagens no Twitter e Facebook, o COI tenta tratar do assunto de uma outra maneira. Com a plataforma "Olympic Athletes' Hub" eles chamam tanta atenção para os aspectos positivos, que as histórias negativas acabam ficando de lado.

Isso gera muito trabalho para os responsáveis pelas redes sociais nas olimpíadas, já que a televisão e o rádio não têm mais tanta relevância, e o futuro pertence às redes sociais. Entre os membros federação olímpica alemã, apenas um terço foi ativo online, mas isso tende a mudar nos próximos anos. Até os jogos do Rio de Janeiro, em 2016, não apenas os atletas vão se tornar mais profissionais na rede, mas também seus fãs.

Autor: Calle Kops (mas)
Revisão: Francis França