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REDUÇÃO DA CRIMINALIDADE NO BRASIL

20 de maio de 2006

Nossos leitores opinaram esta semana sobre a criminalidade e violência em São Paulo, o Memorial do Holocausto, educação na Alemanha e o grande ídolo Ronaldinho. Vale a pena conferir!

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Foto: AP

Em primeiro lugar deveria haver uma preocupação com a educação, desde a tenra infância. Se não há educação nem cultura, como pode um brasileiro entender o quanto de errado ele está fazendo para si próprio, sua família e para a sociedade? O governo peca 100% em manter o povo na mais absoluta ignorância!! Não paga bem os professores, que pouco se interessam em educar. Apenas cumprem horários (não digo, todos os professores e, sim, regra geral; claro que há exceções).

Segundo: punição severa para os que erram. Creio que a partir dos 10 anos podemos começar a punir, pois brasileiro é muito esperto e inteligente, sem cultura, mas é extremamente criativo. Não se deve dizer que são pequenos e não entendem. Venham aqui e convivam com alguns deles e os senhores verão o quanto são "sabidos".

Mudar as leis, isto é: torná-las mais severas, mas realmente severas e rápidas na aplicação e dar à polícia mais autonomia e treinamento, bem como melhores salários, para que não se corrompa facilmente, pois a oferta, além de ser grande, é tentadora.
Alessandra Steola

O Brasil foi colonizado por criminosos comuns, rudes e cruéis, que eram soltos nesta imensa "cadeia" chamada Terra de Santa Cruz, para que se virassem como desse. Os que sobreviviam tinham como prêmio a própria vida. O Brasil foi colonizado também por criminosos sofisticados e cultos, os fidalgos, que eram mandados para cá para roubarem e sugarem o que desse, dessa possessão portuguesa, e enviassem tudo para a metrópole. Como recompensa ficavam com tudo o que pudessem roubar à parte.

Bem, a solução é melhorar esse nosso sangue estragado. Foram feitas algumas transfusões, como a africana, a européia, a médio-oriental e a oriental. Melhorou, mas o sangue velho contamina tudo. Acho que falta alguma boa sangria ou cheiro de pólvora na mistura. Mas, quem sabe....?
Moacir Cursino

São Paulo viveu nos dias 12, 13 e 14 de maio um verdadeiro caos, com uma seqüência de rebeliões em presídios, depredações de bancos, incêndios a dezenas de ônibus – com dezenas de mortos entre policiais e marginais (cerca de 80, segundo as últimas notícias). A população deixou de ir ao trabalho, comerciantes fecharam as portas, escolas suspenderam as aulas, trânsito engarrafado, medo.

De quem é a culpa? Manchetes simplistas e reducionistas atribuem tudo a um tal de PCC – Primeiro Comando da Capital – uma ONG do mal. Será? Kafka escreveu, em O Castelo: “Isso mostra que a autoridade está seqüestrada pelos submissos. E a submissão que tem medo de modificações, dos que querem ‘continuar’, que confere a ela sua força inaudita”.

Os cidadãos brasileiros, decepcionados com a Justiça e seus trâmites, estão cansados de ver a impunidade triunfar – como já dizia o genial Rui Barbosa – são menos burros do que certa mídia imagina. Devemos entender que, no mundo real, um fato tem a ver com o outro, uma circunstância favorece a formação de outra. Há repercussões! Os eventos não ocorrem sem uma seqüência lógica e conexões.

O absurdo que vivemos tem raízes num sistema perverso que facilita e protege os chamados “bandidos de colarinho branco”, enquanto brutaliza, em cadeias, presídios infectos e penitenciárias superlotadas, os bandos “pé de chinelo”. A desigualdade social opera, também, no tratamento: uma mísera ladra de lata de margarina, por exemplo, passou semanas na cadeia, enquanto protagonistas dos “valeriodutos” continuam na tribuna do Congresso Nacional. Os milhões fraudados não são devolvidos, mas dezenas de excelentíssimos deputados federais envolvidos – com cassações recomendadas pelo Conselho de Ética do Parlamento – são vergonhosamente absolvidos: incentivo a bandidagem é prato cheio para a fome de rebeliões!
Julio Azevedo

A violência é um tumor social. Sou estudante de administração e tenho 35 anos, nasci no meio da pobreza, cresci e hoje sou um trabalhador. Durante a minha trajetória tive a oportunidade de ser militante de um partido político, porque acreditava que esse partido, juntamente com a sociedade, procuraria solução para tanta miséria e sofrimento. Mas foi uma frustação muito grande, depois que descobri que os políticos deste partido estavam somente preocupados com o poder, sem estarem efetivamente preocupados com o lado social. Abandonei o partido. Hoje vejo que a sociedade brasileira é culturalmente corrupta. Os políticos, polícia e bandidos, deveriam criar uma outra facção: PPB – políticos, polícia e bandidos.
Walfredo

A solução seria trocar toda a polícia dos Estados por policiais admitidos através de concursos públicos com nível universitário (pois existem muitos universitários desempregados), triplicar o salário (R$ 3000,00 a R$ 4000,00 por mês) para atrair esses universitários, treinamento intensivo igual aos policiais de Nova York e dotar esses policiais com o que há de mais moderno em armamentos de defesa civil e militar.

J. C.A.Pires

Especialista alemão comenta os ataques nas ruas de São Paulo e observa um aumento da criminalidade em toda a América Latina. São sempre os pobres lutando para conseguir comer, se vestir, morar e viver, na mais sádica e burra distribuição de renda do mundo. Logo, logo, o Brasil e outros países terão exércitos de muitas dezenas de milhões de desesperados. Isso tudo é conseqüência de 180 anos de governos de direita. Querem o quê? Prisão para todos os excluídos? Ou esperar que eles morram de fome? A raça humana está longe de poder se auto-intitular homo sapiens!

R. Zenos

MEMORIAL DO HOLOCAUSTO

Considero muito importante este Memorial, porque o nazismo jamais poderá ser esquecido, para que nunca mais ocorra. Acho que apesar de o mundo todo estar a par do que foi, mesmo assim as pessoas não conseguem avaliar o que foi o dilaceramento de milhões de famílias, separadas entre aqueles que conseguiram fugir e aqueles que ficaram e foram assassinados pelo gás zyklon b. Há muita gente no mundo que não sabe o que foi o nazismo. O Memorial do Holocausto é muito importante por isso, não deixar esquecer.
Miriam Oelsner

O Memorial do Holocausto não é apenas uma homenagem aos que sofreram os horrores do nazismo, mas também um desejo concreto de não esquecimento. As gerações futuras precisam saber tudo o que aconteceu, para que nunca mais uma tragédia como esta se repita.
Sandra Bueno

EDUCAÇÃO NA ALEMANHA

Os problemas enfrentados na Alemanha na área de educação e formação de professores não são diferentes do que se vê aqui no Brasil e em outros países. O desinteresse pela educação infelizmente é grande, mas acredito que um país que historicamente esteve sempre tão empenhado em manter seus jovens num alto nível de aprendizado não irá permitir que esta situação continue. Talvez, um programa de incentivo aos universitários estimulando-os ao magistério, bem como a utilização dos programas de intercâmbio existentes com outro países, a fim de "exportar" docentes ... que tal?
Célia Carvalho


RONALDINHO

Queria dizer que o Ronaldinho já deixou sua marca na história do futebol, por tudo o que ele é e faz dentro de campo. São poucos aqueles que têm a atitude que Ronaldinho consegue impor dentro de campo, aquela atitude que de longe dá pra ver o que significa a palavra prazer, algo que faz com naturalidade e enorme vontade...

Acho que ele merece tudo de bom na vida, não só por aquilo que é dentro do campo mas também fora, uma pessoa humilde que lutou por seus sonhos como qualquer outra e quando chegou lá soube agradecer e continuar com sua humildade...Parabéns, Ronaldinho!
Braulio Mendes

Ronaldinho Gaúcho! O mago da bola! O Mestre dos Mestres! O rei! Quais adjetivos dar mais a ele? O próprio Pelé já disse que não conseguiria fazer as coisas que ele faz com a bola. Maradona também o elogiou. Tostão, um dos craques da Copa de 70, disse que ele está no mesmo de nível do Pelé e poderá até conseguir mais feitos que ele. Podemos e devemos respeitar Pelé pelo que já fez, porém já foi no século passado. Este século já tem um novo rei do futebol. Deus sabe o que faz, não coloca um Newton e um Einstein no mesmo século, para que não ocorra uma briga de egos. É isso. Que tudo dê certo para ele!
Placenci

Ronaldinho dispensa elogios. Seu nome já virou sinônimo de competência e arte no gramado. Já ouvi um locutor esportivo descrever uma jogada como um passe "a la Ronaldinho"! Tomara que ele esteja em boa forma durante a Copa para que possamos nos deliciar com sua arte!
Tadeu Morais