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Vitória histórica

22 de março de 2010

Trata-se da maior vitória do ainda curto mandado de Barack Obama: com a reforma do sistema de saúde, a cobertura será estendida a 32 milhões de americanos. Também o controle sobre seguradoras será mais rígido.

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Obama faz discurso após resultado da votaçãoFoto: AP

Barack Obama conseguiu a maior vitória do seu curto mandado: a aprovação da reforma do sistema de saúde pela Câmara dos Representantes. A votação do domingo (21/03) precisava de 216 "sim", e acabou com o placar de 219 votos a favor e 212 contra.

A lei obriga todos os americanos a adquirir um seguro de saúde e aumenta os subsídios para quem não puder custeá-lo. Quem não o fizer, pagará multa a partir de 2014. E as seguradoras não poderão mais recusar clientes que já tenham um histórico de doença.

Com a implantação da reforma, a mais profunda desde a criação do sistema de saúde atual em 1965, a cobertura deverá beneficiar cerca de 32 milhões do total de 46 milhões de americanos hoje sem convênio. A nova legislação deve ser assinada pelo presidente nos próximos dias.

"A lei não vai resolver todos os problemas do sistema de saúde, mas nos coloca na direção certa", declarou Obama após a aprovação final. "Nesta noite, quando os especialistas diziam que não era mais possível, nós superamos o peso da nossa política."

Em Berlim, o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, afirmou que a política internacional de Obama também deverá ser fortalecida com a vitória que obteve na Câmara dos Representantes.

Batalha anti-reforma

O resultado do domingo foi obtido após um ano de pesados debates sobre a reforma. Ainda assim, todos os 178 republicanos votaram contra a proposta. E o presidente encontrou resistência também dentro do seu partido: 34 democratas se opuseram.

Segundo o instituto de pesquisa Centro para Política Responsável, o lobby antirreforma teria gasto 544 milhões de dólares para criar um clima contrário à aprovação da lei.

A implantação das mudanças – que começa a partir de 2011 e segue até 2014 – deverá custar 940 bilhões de dólares aos cofres públicos nos próximos dez anos.

NP/dpa/afp/rts/epd
Autor: Rodrigo Rimon