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SaúdeReino Unido

Reino Unido deve reforçar restrições para conter coronavírus

3 de janeiro de 2021

Após recordes sucessivos de infecções, premiê Boris Johnson sinaliza medidas mais rígidas para todo o país. Segundo autoridades de saúde, variante do coronavírus que se espalhou por Londres já atinge outras regiões.

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Variante mais transmissível do coronavírus se espalha pelo Reino Unido, principalmente, em Londres
Variante mais transmissível do coronavírus se espalha pelo Reino Unido, principalmente, em LondresFoto: Dinendra Haria/ZUMAPRESS/picture alliance

Um dia após o Reino Unido bater o quinto recorde consecutivo na contagem diária de casos de covid-19, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sinalizou a possibilidade de o país endurecer ainda mais as restrições para conter a doença.

Neste domingo (03/01), o país registrou 54.990 novas infecções, número pouco mais baixo em relação ao dia anterior, quando foram contabilizados mais de 57 mil casos. Já a contagem diária de mortes associadas ao coronavírus teve um leve aumento, de 445 no sábado para 454 nas últimas 24 horas, o que eleva o total de óbitos no país para 75.136.

Uma parte significativa dessas contaminações é atribuída a uma variante mais transmissível do coronavírus , que se espalha com intensidade, principalmente em Londres. Na capital, os hospitais se aproximam dos limites de suas capacidades, com pacientes sendo acomodados nos corredores ou dentro de ambulâncias.

O presidente da Academia Real de Medicina, Andrew Goddard, alertou que hospitais em outras regiões já se preparam para enfrentar situações semelhantes. "Essa nova variante é definitivamente mais contagiosa e já se espalha pelo país", afirmou.

Grande parte do Reino Unido – quase oito em cada dez britânicos – já vive sob as restrições mais rígidas, dentro de um sistema de quatro níveis de restrições estabelecidas para conter o vírus e proteger os sistema de saúde.

Reforço à vacinação

Johnson, em entrevista à emissora BBC neste domingo, disse que as medidas para evitar a disseminação "podem estar próximas de ficarem mais rígidas". Há, obviamente, uma variedade de medidas mais duras que temos de levar em conta, afirmou, sem especificar quais seriam. "É possível que tenhamos de fazer algumas coisas mais duras nas próximas semanas, em várias partes do país."

A reação do governo britânico à doença vem sendo amplamente criticada. Entretanto, a campanha de vacinação será reforçada nesta segunda-feira, com a inclusão das primeiras 530 mil doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca, após o imunizante ser aprovado pelas agências sanitárias.

Johnson disse esperar que uma grande quantidade de britânicos seja vacinada nos próximos três meses. "Temos em perspectiva que as vacinas já estão a caminho de dezenas de milhões". Ele previu que a normalidade deverá ser retomada em outubro. Até lá, segundo disse, "será um período turbulento. Está turbulento e ainda continuará turbulento”. 

Reabertura das escolas é contestada

O governo cancelou o plano de reabrir as escolas na região metropolitana de Londres, enquanto os sindicatos de professores demandam que o fechamento seja também imposto em outras regiões do país.

Milhões de alunos estão prestes a retornarem às aulas após os feriados, O premiê, entretanto, aconselhou os pais a permitirem que seus filhos compareçam, onde for permitido pelas autoridades.

"Não me restam dúvidas de que as escolas são seguras e que a educação é uma prioridade", assegurou. Algumas autoridades locais, porém, ameaçaram desobedecer o governo e não permitir a reabertura, enquanto outras alertam para os impactos negativos que o fechamento possa ter sobre os alunos.

RC/rtr/dpa