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Santos anuncia início de negociações públicas com o ELN

18 de janeiro de 2017

Segunda maior guerrilha da Colômbia promete libertar ex-parlamentar que mantém como refém há oito meses para dar início a fase pública de processo que busca acordo de paz.

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Juan Manuel Santos está em Davos
Juan Manuel Santos está em DavosFoto: Reuters/R. Sprich

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quarta-feira (18/01) que a fase pública de conversações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), o segundo maior grupo armado do país, deve começar no próximo dia 7 e disse que os guerrilheiros concordaram em libertar um refém político.

Santos fez o anúncio em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. O presidente lembrou que o início da fase pública de negociações com os rebeles foi condicionado pelo governo à libertação do ex-parlamentar Odín Sánchez. O sequestro do político, há oito meses, bloqueou as primeiras tentativas de dar início a esta etapa do processo para a paz.

Santos disse que o anúncio é uma notícia boa para todo o país. "Está sendo um processo muito difícil, mas esta segunda fase, que começa no próximo mês, é extremamente importante, porque nos permitirá alcançar a paz completa, não só com  as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)", destacou.

Leia mais: ELN é desafio maior para a paz do que Farc

Em um comunicado, o ELN afirmou que libertará Sánchez no dia 2 de fevereiro, o que possibilitará o início das negociações já no dia 7. O Equador será o mediador do processo.

As negociações entre governo e o ELN tiveram início em início em 2014. No fim de março e em outubro do ano passado, o grupo e o governo colombiano já haviam anunciado o início de uma fase pública de negociações de paz, cuja abertura foi condicionada pelo Executivo à solução de algumas "questões humanitárias", como o fim dos sequestros. As etapas foram adiadas, pois o grupo não cumpriu os pré-requisitos.

O ELN, inspirado na Revolução Cubana, teve origem numa insurreição camponesa de 1964, semelhante às Farc, e ainda mobiliza cerca de 2 mil combatentes. O grupo guerrilheiro é considerado uma organização terrorista pela Europa e pelos Estados Unidos.

Em novembro, a Colômbia ratificou o acordo de paz assinado entre o governo e as Farc, após uma primeira tentativa de estabelecer o fim do conflito ser rejeitada em plebiscito.

CN/efe/lusa