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Schalke e Bayern fazem semifinal em clima de revanche

Marcio Weichert5 de março de 2002

Para defender o título da Copa Alemanha, até contundidos se apresentam para jogar no time anfitrião. Equipe bávara, por sua vez, quer limpar sua honra, após humilhante goleada em janeiro.

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Sand, do Schalke, fez o segundo gol na goleada de 5 a 1, em janeiroFoto: AP

Nesta quarta-feira, é bom os administradores do estádio AufSchalke, em Gelsenkirchen, deixarem sua cobertura móvel aberta, pois no gramado e nas arquibancadas a noite promete ser quente. Schalke e Bayern de Munique estão a ponto de entrar em ebulição e mal podem esperar a hora da bola rolar na segunda semifinal da Copa Alemanha.

"Os 5 a 1 ainda estão atravessados em nossa garganta. Não dá para esquecer", afirma o atacante Élber, referindo-se à vergonhosa goleada tomada pelo tricampeão alemão há 39 dias, no mesmo AufSchalke, no reinício do Campeonato Alemão após o recesso de inverno.

"Foi um dia de sorte do Schalke. Algo assim só acontece com o Bayern uma vez a cada cinco anos", avisa o capitão Effenberg. "Não quero deixar o estádio novamente como saco de pancada. Vai ser uma batalha", acrescenta o treinador Ottmar Hitzfeld. As declarações deixam claro: o Bayern não vai atrás apenas de uma revanche esportiva. O time está sedento mesmo é de vingança moral.

Logo des DFB-Pokals 2002

Estado de emergência

– Em Gelsenkirchen, os anfitriões baixaram a bola após eles próprios terem sido humilhados no fim de semana com a derrota de 2 a 0 para o Energie, em Cottbus, pela Bundesliga. Embora o criativo armador Andreas Möller esteja de volta à equipe, o time que deverá entrar em campo contra o Bayern deverá estar longe de ser o ideal e o mesmo que goleou o campeão do mundo em janeiro.

Mas, às vésperas da partida, vários contundidos parecem dispostos a se sacrificar nesta importante batalha. Afinal, para o Schalke não se trata de impedir apenas uma revanche bávara, mas de defender o título da Copa Alemanha. O atacante belga Mpenza, que abriu o placar nos 5 a 1 sobre o Bayern e vem se recuperando de um estiramento muscular, aguarda apenas a liberação médica para entrar em campo, mesmo sem ritmo de jogo. Da mesma forma, Waldoch e Hajto, tidos como desfalques certos, juntaram-se inesperadamente à equipe na concentração. "Todos querem jogar contra o Bayern", observa o técnico Huub Stevens.

No Bayern de Munique, a força de vontade não será suficiente para Scholl ser escalado. O meio-campista sofreu um estiramento na coxa e terá de ficar parado entre dez dias e três semanas. O lateral direito Sagnol e o esquerdo Tarnat igualmente estão contundidos.

Números históricos

– As estatísticas falam a favor do time bávaro, que venceu até hoje todas as quatro partidas entre os dois clubes pela Copa Alemanha. Uma delas, em 2 de maio de 1984, tornou-se inesquecível. No antigo Parkstadion, do Schalke, os anfitriões empataram no último minuto da prorrogação. Placar final: 6 a 6! Na época, a regra não determinava desempate por pênaltis, mas um novo jogo. E o Bayern levou a melhor.

Assim como no Campeonato Alemão, os bávaros são os recordistas de conquistas na Copa Alemanha. Já a venceram dez vezes (a última em 2000), enquanto o Schalke levantou a taça em três ocasiões (1937-1972-2001).