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Schröder apela a empresários e sindicatos para evitar greves

(ns)19 de março de 2002

Aumentos salariais não devem comprometer a recuperação da conjuntura, adverte o chefe de governo alemão, após conversar com empresários.

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Schröder (centro), acompanhado dos líderes empresariais Dieter Hundt e Dieter PhilippFoto: AP

O chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, apelou aos empresários e sindicatos para que encontrem uma solução sensata nas negociações salariais deste ano. O Sindicato dos Metalúrgicos exige aumento de 6,5%, ameaçando com greve para impor sua reivindicação.

As negociações devem chegar a um resultado que não prejudique a conjuntura, disse o chefe de governo nesta terça-feira (19), na conversa que manteve com representantes da iniciativa privada, em Munique.

Indícios de recuperação econômica

- Schröder acha necessário apoiar as tendências de reaquecimento da conjuntura. Ele chamou a atenção para os primeiros indícios de reativação, entre eles o aumento das encomendas às indústrias e do índice do clima de negócios.

As organizações patronais criticaram as reivindicações sindicais, considerando sem propósito aumentos de 6,5%. Diante da falta de mão-de-obra especializada em vários setores, voltaram a exigir uma nova lei de imigração.

"Nós precisamos uma política voltada para a imigração, que transforme a Alemanha num país atraente para especialistas qualificados de qualquer parte do mundo", disse Dieter Hundt, presidente da Federação Alemã dos Empregadores.

O que quer a iniciativa privada

- Na conversa mantida com o chefe de governo, Hundt e o vice-presidente da Confederação das Indústrias Alemãs (BDI), Ludwig Georg Braun, se pronunciaram a favor de uma ampla reforma do mercado de trabalho, do sistema tributário e de saúde.

A fim de aumentar a flexibilidade das empresas, seria preciso afrouxar a estabilidade dos funcionários. A duração máxima de contratos temporários de trabalho deveria ser ampliada para quatro anos.

Um grande peso para as empresas seriam os encargos sociais do trabalho. Nesse sentido, o governo alemão não deveria perder de vista seu objetivo de reduzir para menos de 40% as contribuições à previdência e demais seguros sociais.