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Schröder distribui ajuda e advertências

ef31 de outubro de 2003

Em 30 horas Gerhard Schröder foi a três países do Leste Europeu e causou sensação em Belgrado como o primeiro chanceler federal da Alemanha a visitar o que restou da Iugoslávia em 18 anos marcados por guerras étnicas.

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Premier sérvio Zivkovic (esq.) recebeu euros e conselhos de SchröderFoto: AP

O tema comum no rápido giro do chefe de governo alemão foi a União Européia. Sérvia e Montenegro, Croácia e a República Eslovaca esperam contatos econômicos melhores com a Alemanha e a UE. A República Eslovaca vai integrar a comunidade em maio de 2004 e Schröder prometeu apoiar os esforços de integração da Croácia. Sérvia e Montenegro, por outro lado, ainda têm um longo caminho a percorrer neste sentido.

As conversas de Schröder com seus três parceiros podem ser resumidas assim:

Com a República Eslovaca a Alemanha tem um único ponto de atrito por causa da exigência de Bratislava para que cada membro da UE tenha um comissário. Alemanha e França rejeitam a continuação desta regra após a ampliação dos 15 atuais para 25 membros a partir do ano que vem. Ela é exigida pelos outros novatos e também pelos pequenos membros atuais, como Áustria e Portugal, por exemplo.

Croácia, Sérvia e Montenegro esperam ajuda econômica da Alemanha, e foram dados os primeiros passos com a criação de um conselho de alemães, sérvios e montenegrinos e a Câmara Alemanha-Croácia de Indústria e Comércio.

Volkswagen em Bratislava

- A Alemanha é o parceiro comercial mais importante e o maior investidor na República Eslovaca. As reformas para a economia de mercado avançaram rápido no país sob o governo do primeiro-ministro Mikulas Dzurinda. A fábrica da Volkswagen à porta da capital Bratislava ocupa nove mil pessoas e produz 225 mil automóveis por ano.

A semana de trabalho é de sete dias e os salários representam uma pequena fração dos pagos pela matriz em Wolfsburg, mas Schröder discorda que isto custe empregos na Alemanha: "Esta questão não é unilateral. Se a Volkswagen investe aqui (República Eslovaca), os motores usados no Touareg são fabricados em Salzgitter e as engrenagens, em Kassel".

Ajuda e conselhos

– Para Belgrado, a segunda estação do seu giro, Schröder levou uma ajuda econômica de 30 milhões de euros para uma usina hidrelétrica e também conselhos e advertências. Sua presença foi um grande acontecimento por ter sido a primeira visita de um chanceler federal alemão em 18 anos. O governo sérvio do primeiro-ministro Zoran Zivkovic está ameaçado de novas eleições em breve, o povo está insatisfeito com a situação econômica e o país ainda se encontra em estado de choque por causa do assassinato do primeiro-ministro Zoran Djindjic no início de 2003.

A União Européia tem planos para um acordo de associação com Sérvia e Montenegro em 2004. Mas se o país quer mesmo se tornar membro da comunidade a longo prazo, segundo Schröder, ele tem de reformar principalmente seu sistema judiciário e avançar mais nas mudanças econômicas. O maior nó até agora é a cooperação com o Tribunal Internacional em Haia, que julga crimes de guerra cometidos na antiga Iugoslávia. Belgrado tem mostrado imensa dificuldade com extradição de ex-militares para julgamento na Holanda.

Apoio cordial

- A Croácia, ao contrário, avançou muito no caminho para a UE. Zagreb espera começar as negociações no início de 2004 e integrar-se em 2007 juntamente com a Bulgária e a Romênia. De sua conversa com o primeiro-ministro Ivica Racan, Schröder teria tirado a impressão de que a Croácia progrediu no cumprimento das condições de Bruxelas. "Por isso nós apoiamos a meta ambiciosa e o fazemos com prazer", disse ele.