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Schröder tenta reativar "Aliança para o Trabalho"

Neusa Soliz24 de janeiro de 2002

O encontro de sexta-feira entre sindicalistas e empresários não parece estar sob uma boa estrela. As entidades patronais exigem contenção nos aumentos salariais, o que os sindicatos não estão dispostos a aceitar.

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O chefe de governo alemão, Gerhard Schröder (centro), entre o sindicalista Dieter Schulte (esquerda) e o empresário Dieter Hundt (direita).Foto: AP

Após uma pausa de quase um ano nos encontros da "Aliança para o Trabalho", os representantes do empresariado e dos sindicatos alemães reúnem-se na sexta-feira, em Berlim, a convite do chanceler federal Gerhard Schröder. A oitava rodada da Aliança, criada em 1998 por Schröder, logo após assumir o governo, não está sob bons auspícios, tanto é que ambas as partes mostraram-se céticas na véspera do encontro. Temendo o fracasso das negociações, Schröder chamou seus representantes para uma conversa na Chancelaria Federal, nesta quinta-feira.

Enquanto as entidades empresariais novamente exigem dos sindicatos moderação nas próximas negociações salariais, como contribuição para o combate ao desemprego, os sindicatos não querem saber disso. Eles acham que já fizeram concessões, sem que isso se revertesse em novos empregos, pelo que consideram fracassada a política salarial acertada dois anos atrás com as entidades patronais no marco da "Aliança para o Trabalho". Agora, insistem para que os empregadores cumpram promessas anteriores de reduzir as horas-extras e criar empregos de meio-expediente.

Aumento salarial

- O Sindicato dos Metalúrgicos formulou, nesta quinta-feira, sua reivindicação: 6,5% de aumento salarial. Como os empregadores consideraram a pretensão "exagerada e nada realista", as negociações salariais prometem ser duras. Difícil também será obter um consenso no encontro da "Aliança para o Trabalho". Os representantes do empresariado querem discutir sobre negociações salariais nessa rodada, enquanto a Confederação Sindical Alemã (DGB) se nega a fazê-lo. Ao que tudo indica, o chefe de governo teria conseguido convencer o presidente da DGB, Dieter Schulte, a abordar o tema na sexta. "Os empresários têm que tocar nesse assunto, principalmente porque estamos em pleno desaquecimento", diz Dieter Hundt, presidente da Confederação Alemã dos Empregadores.