1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Se o Irã quiser brigar, será seu fim", diz Trump

20 de maio de 2019

Em meio a crescente tensão entre os dois países, presidente americano alerta Teerã para que nunca mais ameace Washington. Apesar de afirmar não querer guerra, ele diz que não permitirá que o Irã tenha armas nucleares.

https://p.dw.com/p/3Iltv
Donald Trump
Trump afirma estar disposto a negociar com líderes iranianosFoto: REUTERS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou o Irã neste domingo (19/05), contra novas ameaças a seu país e indicou que, se Teerã quiser enfrentar Washington, este será seu "fim oficial".

"Se o Irã quer brigar, esse será o fim oficial do Irã. Nunca mais ameace os Estados Unidos", escreveu Trump em sua conta oficial no Twitter, em meio à crescente tensão entre os dois países.

Mais tarde, em uma entrevista à emissora Fox News, o presidente admitiu que não quer guerra, mas que não permitirá que o Irã tenha armas nucleares.

Trump se pronunciou após o comandante-chefe da Guarda Revolucionária do Irã – divisão das forças armadas do Irã, que em abril foi incluída pelos EUA em sua lista de grupos terroristas estrangeiros –, Hosein Salami, afirmar, no domingo, que o Irã não teme uma guerra, mas os Estados Unidos, sim.

"Não procuramos a guerra nem a tememos. Esta é a diferença em relação a eles, que têm medo da guerra", afirmou Salami em discurso durante uma cerimônia militar, transmitida pela televisão estatal iraniana.

Salami avisou que, quando a ameaça é remota, as forças iranianas apenas planejam uma resposta estratégica, mas que, quando a ameaça se aproxima, também entram em ação "em termos operativos". Ele alertou que Oriente Médio pode se tornar "um barril de pólvora" para Washington. 

Os Estados Unidos decidiram enviar ao Golfo Pérsico o navio de assalto anfíbio USS Arlington, mísseis Patriot, o porta-aviões USS Abraham Lincoln e bombardeiros, depois de detectar "indícios" de planos ofensivos iranianos contra suas forças no Oriente Médio. No entanto, até agora, nem a Defesa nem o Departamento de Estado revelaram quais seriam essas evidências, o que gerou ceticismo tanto entre a oposição quanto entre alguns dos principais aliados.

Na sexta-feira passada, Trump criticou a mídia como "falaciosa" por fazer uma cobertura "imprecisa" da tensão com o Irã, mas comemorou o fato de que esse tipo de informação manter Teerã sem saber "o que pensar".

A maioria das autoridades iranianas, incluindo o líder supremo, Ali Khamenei, e o ministro do Exterior, Mohammad Javad Zarif, descartou uma guerra com os Estados Unidos.

"Nem nós nem eles procuramos uma guerra", assegurou Khamenei, insistindo que o confronto não é de natureza militar, mas "um choque de vontades".

Por sua vez, Trump, tem afirmado que está disposto a negociar com os líderes iranianos.

Há algum tempo, os EUA tentam isolar o Irã internacionalmente. Este mês, Trump anunciou a imposição de uma nova leva de sanções contra o país do Oriente Médio, desta vez atingindo os setores de ferro, aço, alumínio e cobre. 

LE/ lusa/ efe

______________

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube 

WhatsApp | App | Instagram | Newsletter