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Mattis diz que EUA não tomarão petróleo do Iraque

20 de fevereiro de 2017

Em visita a Bagdá, Mattis se distancia de comentários feitos por Trump sobre se apropriar do petróleo iraquiano. Apesar das tensões, ele garante que EUA seguirão apoiando Iraque na luta contra o EI.

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Mattis em encontro com o ministro de Defesa iraquiano, Erfan al-Hayali, em Bagdá
Mattis em encontro com o ministro de Defesa iraquiano, Erfan al-Hayali, em BagdáFoto: Reuters

As forças americanas não estão no Iraque para "se apropriar do petróleo de ninguém", afirmou nesta segunda-feira (20/02) o secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, distanciando-se de comentários feitos recentemente pelo presidente Donald Trump.

Mattis iniciou sua primeira visita oficial ao Iraque nesta segunda-feira, um dia depois de as forças iraquianas terem lançado, com apoio dos Estados Unidos, uma nova ofensiva para expulsar o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) do oeste da cidade de Mossul, último bastião jihadista no país.

A viagem ocorre em meio a tensões entre Bagdá e Washington, instaladas desde que Trump decidiu proibir temporariamente a entrada nos EUA de cidadãos iraquianos e de outros países de maioria muçulmana. O presidente americano também afirmou que seu país deveria ter tomado o petróleo do Iraque depois de depor Saddam Hussein em 2003.

"Deveríamos ter ficado com o petróleo. Mas tudo bem. Talvez vocês tenham outra chance", declarou o presidente americano em discurso proferido perante funcionários da CIA em janeiro.

Mattis, por outro lado, descartou completamente tal intenção. "Todos nós, nos Estados Unidos, pagamos pelo gás e petróleo [que consumimos], e estou certo que continuaremos a fazê-lo no futuro", disse o general reformado, que comandou invasões americanas no Iraque em 2003.

Guerra contra o EI

Ao fim de um dia de reuniões com comandantes militares e líderes políticos iraquianos, o secretário de Defesa afirmou que tais encontros enfatizaram a parceria entre Estados Unidos e Iraque.

Segundo Mattis, a guerra contra o "Estado Islâmico" será longa e a coalizão internacional liderada pelos EUA continuará ajudando a combatê-lo.

"A coalizão seguirá lado a lado com o Iraque", afirmou o secretário. Segundo ele, não há dúvidas de que "o povo, o Exército e as lideranças políticas iraquianas reconhecem o que estamos enfrentando, assim como a importância da coalizão e da parceria, em particular, com os Estados Unidos".

Washington apoia uma coalizão militar que bombardeia o EI no Iraque e na Síria e que atualmente exerce papel importante na operação em Mossul, oferecendo cobertura aérea às tropas terrestres. Os extremistas seguem cercados no oeste da cidade iraquiana, junto com cerca de 650 mil civis.

EK/efe/dpa/rtr/ap