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Separatistas ucranianos se dizem dispostos a cessar-fogo

4 de setembro de 2014

Também para o presidente Poroshenko, o fim dos combates no leste de seu país depende do sucesso de um acordo Kiev-Moscou em Belarus. Chefe da Otan demonstra ceticismo quanto a plano de Putin para paz em sete passos.

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Foto: picture-alliance/AP Photo

Num comunicado conjunto, nesta quinta-feira (04/09), os líderes das autoproclamadas "Repúblicas Populares" de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, declararam-se "prontos" a ordenar um cessar-fogo nesta sexta-feira.

Os separatistas pró-russos Alexander Zakharchenko e Igor Plotnitsky enfatizaram que pré-condição para tal é a assinatura de um acordo entre Moscou e Kiev, nas negociações em Minsk, capital de Belarus, mediadas pela União Europeia. Além disso, um plano deverá "descrever em detalhe como garantir o cumprimento desse regime [de cessar-fogo]".

Durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em Newport, País de Gales, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, também se mostrou disposto a declarar trégua, sob a condição de que se realizem as conversações de paz em questão. Poroshenko manifestou grande esperança nas negociações.

Plano de Putin "basicamente sem sentido"

Na quarta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, propôs um plano de paz de sete passos, visando o fim do conflito no leste da Ucrânia. Antes da cúpula, porém, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, acusou a Rússia de "atacar a Ucrânia" e tachou o plano proposto de basicamente sem sentido.

"O que conta é o que está acontecendo, de fato, em solo", criticou Rasmussen. "O que estamos testemunhando, infelizmente, é o envolvimento russo em desestabilizar a situação na Ucrânia oriental."

Quase 2.600 pessoas já morreram em cinco meses de conflito. Em abril, as forças separatistas pró-Moscou do leste ucraniano passaram a combater as tropas do governo, pouco depois de a Rússia ter anexado a península da Crimeia, originalmente território ucraniano.

Moscou, por sua vez, acusa a Otan de minar os esforços de paz, ao tentar incluir Kiev em seus quadros. O ministro do Exterior Serguei Lavrov declarou que as tentativas da aliança militar para dar fim ao status não alinhado da Ucrânia poderiam "fazer descarrilar todos os esforços no sentido de iniciar um diálogo voltado para a garantia da segurança nacional".

AV/afp/rtr/dpa/ap