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Serviço secreto espionava Interpol, afirma "Spiegel"

22 de abril de 2017

Dois meses após denunciar monitoramento de veículos de imprensa, revista alemã revela que BND vigiava escritórios e agentes de polícias internacional e europeia. Serviços envolvidos se negam a comentar.

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Central da Interpol em Lyon França
Central da Interpol em Lyon FrançaFoto: Jean-Philippe Ksiazek/AFP/Getty Images

Desde 2000, o Serviço Federal alemão de Informações (BND) espionou a sede da agência de polícia internacional Interpol em Lyon, França, assim como seus escritórios nacionais em dezenas de países, inclusive Estados Unidos, Áustria, Dinamarca e Grécia, noticiou neste sábado (22/04) a revista de notícias alemã Der Spiegel.

Citando documentos a que teve acesso, o veículo afirma que a espionagem se estendeu por diversos anos, com o BND incluindo os endereços de e-mail e números de telefone e fax dos investigadores policiais em sua lista de monitoramento. Um total de 190 países – praticamente todas as nações do mundo – integra a Interpol.

A agência secreta alemã também teria desviado dados do serviço europeu de polícia Europol, sediado em Haia, Holanda. Nem o Serviço de Informações alemão, nem as duas agências de polícia supostamente vítimas de espionagem se manifestaram sobre as acusações.

Em fevereiro, o Spiegel  já denunciara o BND por ter vigiado, a partir de 1999, diversas organizações de imprensa, entre os quais a BBC, The New York Times  e a agência de notícias Reuters, igualmente grampeando seus telefones, faxes e e-mails.

Ironicamente, as operações duvidosas do BND vieram à tona no contexto de um inquérito do Parlamento alemão sobre alegações de espionagem por parte dos EUA. Como está comprovado, durante anos a Agência de Segurança Nacional (NSA) americana realizou vigilância em massa fora do país, monitorando até mesmo o telefone celular da chefe de governo alemã, Angela Merkel.