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Siemens investe mais em Manaus para exportar celulares

(ns)2 de março de 2004

A Siemens mobile investirá 40 milhões de dólares em desenvolvimento e produção de celulares, telefones sem fio e módulos de rádio no Brasil. O mercado em vista é a América Latina.

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Fábrica da Siemens em ManausFoto: Siemens

A divisão de telefonia móvel da Siemens - Siemens mobile - anunciou nesta terça-feira (02) em São Paulo investimentos no montante de US$ 40 milhões no Brasil. Como líder no segmento de celulares GSM no Brasil, ela pretende triplicar sua capacidade de produção até o primeiro trimestre de 2005, para o que construirá uma nova fábrica em Manaus, onde já tem 500 funcionários.

Primeiro a América Latina

A empresa dá prosseguimento à sua estratégia para transformar a unidade brasileira numa plataforma de exportação e desenvolvimento de tecnologia. Os países da América Latina constituem o primeiro mercado a receber os celulares. A exportação para a região começará em maio deste ano, devendo atingir mais de US$ 50 milhões em celulares e telefones sem fio.

"Depois de termos nos concentrado no mercado brasileiro e no boom dos celulares GSM no ano passado, agora queremos exportar para a região", expôs Joe Kaeser, da diretoria mundial da Siemens mobile.

"A partir de 2005, poderemos abastecer a demanda proveniente de qualquer país", acrescentou Humberto Cagno, diretor da Siemens mobile do Brasil, contando já com a nova fábrica. Ela deverá entrar em funcionamento no primeiro trimestre do ano que vem e gerar 250 empregos diretos e cerca de mil indiretos.

Pesquisa e desenvolvimento

Cerca de 40 novos postos de trabalho irão reforçar a equipe interna de produção e desenvolvimento. Juntamente com profissionais de instituições e fundações parceiras, a Siemens contará com uma equipe de mais de 200 pessoas voltadas para o desenvolvimento de tecnologia no Brasil.

"Além dos excelentes resultados em vendas na região, comprovamos também o potencial de inovação desde que transformamos o país em um dos pólos de tecnologia móvel", destacou Joe Kaeser, membro da diretoria mundial da Siemens mobile. O Brasil é um dos cinco países onde a divisão de Comunicações Móveis possui centros de pesquisa. Os demais estão na Alemanha, Dinamarca, China e Estados Unidos.

Meta é exportar tecnologia

Exportar tecnologia a partir do Brasil também faz parte dos planos da empresa alemã, cuja presença no país teve início há mais de 100 anos. A comercialização de software deve corresponder a um terço das exportações nos próximos cinco anos ou US$ 80 milhões - esse é o objetivo. Em 2003, ela atingiu um volume de 10% das vendas externas.

No ano passado, a Siemens lançou mundialmente 26 modelos de celulares, a metade com câmeras. Dois grandes lançamentos em 2004 são os modelos multimídia CX65 e o CF62. Eles serão apresentados durante a Telexpo, a exposição de TI e Telecomunicações que se realiza de 2 a 5 de março em São Paulo.

Para a Siemens mobile, a inovação e a produção local muito contribuíram para o êxito no Brasil, onde os negócios se desenvolveram a grande velocidade. A Siemens já produzia infra-estrutura para telefonia móvel em Curitiba, quando começou a fabricar celulares GSM em Manaus, no início de 2002.

A expansão dos negócios no Brasil

Nesse mesmo ano, o grupo Siemens colocou em prática uma nova organização regional, a Siemens Mercosur, que inclui os países do Mercosul e associados, com o objetivo de fortalecer as atividades na região, a partir do Brasil.

Com os telefones sem fio, o desenvolvimento também foi vertiginoso: em seis meses a Siemens mobile conseguiu multiplicar por dez sua participação no mercado brasileiro, até atingir a terceira colocação. Também fechou contratos de exportação com a Argentina, México, Chile, Colômbia, Venezuela e Panamá.

No segmento de redes móveis, a Siemens é líder de mercado das estações rádio-base GSM, fabricadas no Paraná. E também no mercado dos módulos de rádio GSM, setor em que tem parceria com as principais empresas de rastreamento de veículos e segurança do patrimônio.