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Sindicato anuncia greve na Lufthansa

5 de novembro de 2015

Comissários de bordo irão paralisar trabalho por oito dias, a partir das 14h de sexta-feira. Trechos afetados serão anunciados pouco antes do voo. Greve não atinge subsidiárias, como Germanwings e Eurowings.

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Foto: picture-alliance/dpa/F.Rumpenhorst

Depois de uma tentativa frustrada de chegar a um acordo com a companhia aérea, o sindicato dos comissários de bordo Ufo anunciou nesta quinta-feira (05/11) uma greve de oito dias na Lufthansa, com início previsto para as 14h de sexta-feira. A princípio, foram afetados os voos que partem de Dusseldorf e Frankfurt.

"Não há qualquer opção que nos permita evitar uma greve", disse o chefe do sindicato, Nicoley Baublies. O anúncio dos trechos afetados será feito pouco tempo antes do horário programado para o voo.

Se o sindicato realmente cumprir a paralisação de oito dias, essa será a mais longa greve da história da Lufthansa. A companhia aérea informou que irá estabelecer um plano de voo especial, assim que tiver informações concretas sobre quais trechos serão atingidos pela greve.

A empresa afirmou ainda que ofereceu considerar as demandas apresentadas pelo sindicato, referentes a aposentadorias precoces e a previdência complementar empresarial, em troca do cancelamento da greve.

O sindicato recusou a oferta e Baublies afirmou que as declarações da Lufthansa eram "um descaramento inacreditável". De acordo com o chefe do Ufo, a empresa teria dito que as demandas dos funcionários eram muito caras.

As subsidiárias da Lufthansa, como a Germanwings, Eurowings, Swiss Airlines e Austrian Airlines, não serão afetadas pela greve.

O sindicato representa 19 mil comissários de bordo da empresa. Eles não são a única pedra no sapato da Lufthansa, que negocia com representantes de vários grupos.

Devido à disputa tarifária com os pilotos, a Lufthansa enfrentou em setembro deste ano sua 13ª greve em 18 meses. A paralisação dos pilotos foi motivada pelos planos da companhia de modificar o sistema de aposentadoria antecipada.

Além disso, a companhia aérea pretende oferecer mais rotas através de suas subsidiárias low cost, estendendo os voos para trechos de longa distância. O projeto desagrada aos funcionários, pois os planos preveem que as equipes dessas subsidiárias recebam salários menores. Nesta segunda-feira, a subsidiária Eurowings inaugurou seus voos de longa distância.

CN/lusa/rtr/afp/dpa