1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Socialistas não conseguem formar governo na Espanha

5 de março de 2016

Em fato inédito, Pedro Sánchez não consegue apoio suficiente para se tornar chefe de governo. Derrota reabre rodada de negociações entre partidos que têm dois meses para formar uma coalizão e evitar nova eleição.

https://p.dw.com/p/1I7fQ
Pedro Sánchez perdeu segunda votação no Parlamento da EspanhaFoto: picture alliance/dpa/Ballesteros

O líder socialista espanhol Pedro Sánchez perdeu nesta sexta-feira (04/03) a segunda votação no Parlamento da Espanha sobre sua indicação para presidente do governo do país e se tornou o primeiro candidato à investidura na história da democracia espanhola que não conseguiu ser aprovado em ambas as votações.

O plano de coalizão de Sánchez foi rejeitado por 218 deputados e recebeu apoio de somente 131 parlamentares, o que colocou o país no caminho de uma segunda eleição em seis meses. O candidato precisava nesta votação apenas da maioria simples dos 350 assentos, mas contou somente com o apoio do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e da legenda de centro-direita Ciudadanos, com a qual assinou um acordo de investidura na semana passada.

Sánchez tentou atrair o Podemos para o seu governo, mas o líder do partido, Pablo Iglesias, se manteve numa aliança com os partidos de esquerda. "Eu vou continuar trabalhando para conseguir a maioria que esse país precisa", disse Sánchez, depois da votação. "Pablo Iglesias traiu os eleitores do seu partido, e ele é responsável por Rajoy continuar como chefe de governo."

A derrota de Sánchez disparou a contagem de dois meses para os partidos formarem um governo, período depois do qual uma nova eleição será convocada, provavelmente para o final de junho. As negociações, no entanto, têm resultado em ataques duros que revelam as tensões entre a esquerda e a direita.

O presidente do governo espanhol em exercício, Mariano Rajoy, comunicou em janeiro ter desistido de formar um novo governo por não desfrutar do apoio necessário de outros partidos.

A Espanha tenta definir seu novo chefe de governo desde as eleições de 20 de dezembro, quando o Partido Popular (PP), de Rajoy, foi a legenda mais votada, mas não conseguiu a maioria absoluta. O PP conquistou 123 deputados no Parlamento de 350 assentos, 53 a menos que o necessário. O PSOE elegeu 90 parlamentares e o Podemos conquistou 69 assentos.

CN/rtr/lusa/afp