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Softwares ajudarão a identificar refugiados na Alemanha

26 de julho de 2017

Uma das ferramentas é um sistema de reconhecimento de voz que permite saber se requerente de refúgio está falando na sua língua materna. Intenção é evitar fraudes nos cadastros.

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Requerente de refúgio (e) durante entrevista, ao lado de um tradutor, em Bingen am Rhein, na Alemanha
Requerente de refúgio (e) durante entrevista, ao lado de um tradutorFoto: picture alliance/dpa/F. von Erichsen

As autoridades da Alemanha apresentaram nesta terça-feira (25/07) um conjunto de softwares para auxiliar na identificação de requerentes de refúgio. Os sistemas foram testados ao longo dos últimos dois meses em Bamberg e deverão ser introduzidos a partir de agosto em todo o país.

Os programas serão utilizados sempre que não for possível determinar a identidade de um requerente de refúgio – por exemplo quando ele não tiver documentos consigo. Segundo o Departamento de Migração e Refugiados (Bamf), mais da metade dos requerentes de asilo está nessa situação.

Entre os programas está um software para reconhecimento de idiomas, que permite saber que língua uma pessoa fala e se ela é uma falante nativa.

Outro software compara fotos com base em dados biométricos e permite saber se um requerente já está cadastrado em outro centro de refugiados. Ele será usado quando não for possível recolher as digitais, por exemplo quando o requerente tiver menos de 14 anos.

Um terceiro programa garante que a grafia de nome árabes seja uniforme. O requerente ou um tradutor digitam o nome num teclado árabe e o programa faz a transliteração para o alfabeto latino.

Os novos sistemas visam evitar problemas recorrentes no cadastro de refugiados e que vieram à tona em casos que se tornaram famosos.

Um deles é o soldado Franco A., que se apresentou e foi cadastrado como refugiado sírio sem nem ao menos falar árabe. A entrevista dele transcorreu em francês. As autoridades ainda investigam como isso ocorreu.

Já o autor do atentado terrorista a um mercado de Natal em Berlim, Anis Amri, usou mais de uma dúzia de identidades na Alemanha. Ele teve o seu pedido de refúgio negado.

Também vieram à tona alguns casos de refugiados que se cadastraram mais de uma vez, obtiveram mais de uma identidade e solicitaram auxílios sociais para cada uma delas.

AS/dpa/ard

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