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Suíça devolveu ao Brasil R$ 1,4 bi relacionado à Lava Jato

9 de abril de 2019

Procuradoria-Geral suíça investiga casos de corrupção envolvendo Petrobras e Odebrecht, ligados sobretudo a suspeitas de lavagem de dinheiro. Outros R$ 2,7 bilhões seguem bloqueados no país europeu.

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Sede da Petrobrás no Rio de Janeiro
Sede da Petrobras no Rio de JaneiroFoto: picture alliance/Agencia Estado

A Suíça afirmou nesta terça-feira (09/04) que devolveu ao Brasil em torno de 365 milhões de francos suíços de fundos confiscados durante uma investigação sobre práticas de corrupção envolvendo a Petrobras e a construtora Odebrecht.

O Escritório da Procuradoria-Geral suíça (OAG) afirma que desde abril de 2014 vem conduzindo inquéritos ligados à Operação Lava Jato, "primeiramente por suspeita de lavagem de dinheiro com agravante [...] e em numerosos casos de suspeita de suborno de autoridades públicas estrangeiras".

"Até o momento, em torno de 70 processos criminais estão pendentes", afirmou a OAG, acrescentando que a série de casos era uma das mais complexas que a instituição já enfrentou.

A Suíça bloqueou grandes quantidades de dinheiro que estavam nos bancos do país, enquanto os promotores examinavam relatos de cerca de mil transações suspeitas associadas aos casos.

"Até esta data, a Suíça restituiu em torno de 365 milhões de francos suíços (1,4 bilhão de reais) em favor das partes prejudicadas no Brasil", disse a OAG.

A última parcela, no valor de em torno de 9 milhões de francos suíços (34,8 milhões de reais), foi devolvida em março. Cerca de 700 milhões de francos em bens (2,7 bilhões de reais) permanecem confiscados na Suíça em conexão com a série de casos, disseram os procuradores.

Além dos casos investigados no Brasil, em torno de 15 processos criminais abertos na Suíça foram repassados a investigadores brasileiros.

As investigações no Brasil já levaram à prisão de mais de 130 políticos e empresários. A procuradora-geral Raquel Dodge e seu homólogo suíço Michael Lauber assinaram nesta segunda-feira em Brasília uma declaração "reafirmando seu compromisso de continuar e intensificar a cooperação" entre as autoridades de ambos os países.

RC/afp/ap/ots

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