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Terrorismo

Suspeito de ataque teve asilo negado e era procurado

9 de abril de 2017

Polícia diz que autor do atentado com caminhão é uzbeque, teve pedido de asilo rejeitado e ordem de expulsão do país desde fevereiro. Autoridades revelam que dois suecos, um britânico e um belga morreram.

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Schweden - Stockholm nach dem Anschlag
Foto: Getty Images/AFP/J. Nackstrand

A polícia sueca afirmou neste domingo (09/04) que o suposto autor do atentado da sexta-feira com um caminhão no centro de Estocolmo é um solicitante de asilo do Uzbequistão cujo pedido tinha sido rejeitado e que tinha uma ordem de expulsão do país escandinavo desde fevereiro deste ano.

As autoridades também revelaram em uma coletiva de imprensa que o suspeito mostrou simpatia pelo "Estado Islâmico" (EI) nas redes sociais e que os quatro mortos no ataque são dois suecos, um britânico e um belga.

As autoridades disseram também que detiveram um segundo suspeito de ter relação com o ataque terrorista. Segundo a promotoria sueca, há uma "suspeita justificada" de que o detido cometeu um suposto crime de terrorismo. Não foram dados mais detalhes.

Várias pessoas foram interrogadas e permanecem sob custódia, declarou Jan Evensson, da polícia de Estocolmo, que, no entanto, não quis confirmar se algum deles foi indiciado, como publicaram os tabloides suecos Aftonbladet e Expressen.

O suspeito, um uzbeque de 39 anos que foi capturado poucas horas depois do atentado, pediu asilo na Suécia em 2014, mas sua petição havia sido rejeitada em junho de 2016 pelo departamento de imigração do país.

Esse mesmo órgão foi quem comunicou ao suspeito em dezembro do ano passado que ele deveria abandonar o país de forma voluntária. No entanto, como o homem não procedeu desta maneira, o caso passou a ser de responsabilidade da polícia, que em 24 de fevereiro emitiu uma ordem de expulsão.

A polícia sueca, que não deu mais detalhes sobre as vítimas por respeito aos familiares, mantém um forte esquema de segurança em vários lugares do país onde pode haver grande concentração de pessoas, mas descartou a existência de "risco concreto" de mais atentados.

O ministro de Assuntos Exteriores de Bélgica, Didier Reynders, já havia informado horas antes que um cidadão de seu país estava entre as vítimas do ataque, no qual o suspeito avançou com um caminhão contra uma multidão na principal rua de pedestres da capital sueca, atropelando várias pessoas, até colidir contra a fachada de uma loja de departamentos.

Dez pessoas permanecem hospitalizadas por causa do ataque, algumas delas em estado muito grave. O suspeito de ser o autor do atentado foi indiciado ontem por homicídio com motivação terrorista.

FC/efe/dpa/rtr/afp