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Temor de ciberataques ronda eleições alemãs

7 de junho de 2021

Ataques de hackers, fake news e campanhas de desinformação não são novidades na Alemanha. Até o tradicional voto por correspondência já foi questionado por populistas de direita neste ano. Com a proximidade das eleições federais, aumenta a preocupação com a segurança do processo eleitoral no país.

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Autoridades e especialistas se preocupam com a possibilidade de a Alemanha sofrer ataques cibernéticos e campanhas de desinformação antes das eleições federais de setembro deste ano.

"Temo por uma situação na noite das eleições em que possam surgir inseguranças ou rumores em relação à segurança do processo eleitoral e à legitimidade de todo o processo", frisou Konstantin Kuhle, parlamentar do Partido Liberal Democrata (FDP).

A preocupação tem fundamento: em janeiro, hackers derrubaram a transmissão ao vivo de uma reunião online da União Democrata Cristã (CDU). Em 2015, dados foram roubados num ataque online ao Parlamento que durou semanas. 

A desinformação online é outra ameaça constante – especialmente vinda da Rússia. Desde 2015, a Alemanha tem sido alvo de centenas de campanhas de desinformação de Moscou, e essas fake news podem se espalhar domesticamente. Neste ano, políticos da ultradireita alemã tentaram desacreditar o voto por correspondência, uma tática inspirada em Donald Trump.

Para especialistas, as pessoas precisam melhorar sua capacidade de detectar fake news nas redes, mas governos também têm falhado no processo educativo.

"Acho que todos os partidos que estiveram envolvidos em diferentes governos alemães em diferentes esferas deveriam – e poderiam – ter feito mais para evitar os desdobramentos que estão acontecendo agora. E estou bem ciente de que todos os partidos na Alemanha têm o seu próprio papel nisso, e deveriam estar mais engajados no que diz respeito à prevenção de ser vítima de ciberataques e campanhas de desinformação", frisa Konstantin Kuhle.

Embora os preparativos para proteger as eleições de hackers estejam a todo vapor, muitos temem que campanhas coordenadas de desinformação possam afetar o resultado das eleições de setembro.