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Terrorismo

Terrorista que atacou mercado natalino em Berlim é enterrado

6 de agosto de 2017

Após disputa sobre pagamento da fatura do armazenamento do corpo, funeral do radical islâmico Anis Amri ocorre em sua cidade de origem, na Tunísia, mais de sete meses após a morte.

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Tunesien Beerdingung Anis Amri
Foto: DW

O terrorista Anis Amri, que lançou um caminhão contra um mercado natalino em Berlim no final de 2016, foi enterrado neste sábado (05/08). A cerimônia ocorreu em Oueslatia, no norte da Tunísia, cidade de origem do radical islâmico.

Familiares e vizinhos participaram da cerimônia, que ocorreu mais de sete meses após a morte do terrorista, abatido por um policial na cidade italiana de Sesto San Giovanni, em 23 de dezembro.

"Todos nós, especialmente minha mãe, estamos aliviados de poder finalmente enterrá-lo. Tivemos que pagar às autoridades tunisinas um valor de cerca de 5.000 euros, que pedimos emprestado", disse seu irmão, Mohammed Amri, a um repórter da DW que acompanhou o funeral.

Disputa

A fatura pelo armazenamento do corpo do terrorista gerou uma disputa na Itália. Após um longo processo, o corpo de Amri foi transferido para a Tunísia, onde foi armazenado em um hospital da capital, Túnis.

A cidade de Sesto San Giovanni, onde Amri foi morto quatro dias depois de fugir da Alemanha, recusou-se a pagar a conta pela preservação do cadáver.

De acordo com o prefeito de Sesto, Roberto Di Stefano, a pequena cidade italiana recebeu a conta da cidade vizinha de Milão, onde o corpo de Amri foi inicialmente armazenado nos meses que se seguiram à sua morte. Di Stefano disse que não pagaria a conta de 2.160 euros, ressaltando que o dinheiro do povo "nunca" deveria ser gasto com um terrorista.

Em 19 de dezembro de 2016, Amri dirigiu um caminhão contra um mercado de Natal na praça Breitscheid, em Berlim, matando 12 pessoas, incluindo uma pessoa de nacionalidade italiana. O terrorista conseguiu fugir do local e acabou sendo baleado dias depois por um policial italiano durante um controle de rotina.

Di Stefano enviou uma queixa sobre a conta ao primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni. A lei italiana prevê que os custos de um corpo não reclamado sejam pagos pelo município onde a pessoa morreu.

JPS/dw