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Esporte

Ex-dirigentes da Federação Alemã de Futebol vão a julgamento

26 de agosto de 2019

Dupla de ex-dirigentes foi acusada de evasão fiscal por pagamento de 6,7 milhões de euros para um evento que nunca ocorreu. Suspeita é que valor foi usado para comprar votos na escolha de país-sede da Copa de 2006.

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Der neu gewaehlte DFB-Praesidenten Wolfgang Niersbach
Wolfgang Niersbach (dir.) e Theo Zwanziger em 2012Foto: dapd

O Superior Tribunal Regional de Frankfurt aceitou uma denúncia de evasão fiscal contra os ex-presidentes da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) Theo Zwanziger e Wolfgang Niersbach por suspeitas relacionadas à organização da Copa do Mundo de 2006.

A medida representa uma reviravolta no caso e atendeu a um recurso da promotoria, após um tribunal de primeira instância decidir originalmente pela não aceitação da denúncia. Também foram acusados o ex-secretário geral da DFB Horst R. Schmidt e o ex-secretário geral da Fifa Urs Linsi.

Segundo a promotoria, os réus podem ser condenados de um a cinco anos de prisão e pagamento de multa. Todos negam as acusações.

Theo Zwanziger comandou a DFB entre 2006 e 2012. Seu sucessor, Wolfgang Niersbach, foi presidente entre 2012 e 2015 e acumulou o cargo de vice-presidente-executivo e responsável pela comunicação do Comitê Organizador da Copa de 2006. 

A denúncia é relacionada a um pagamento de 6,7 milhões de euros à Fifa realizado em 2005 pela DFB. À época, a federação alemã declarou ao fisco da Alemanha o pagamento como um reembolso de um evento cultural que a Fifa teria promovido na Alemanha como parte dos preparativos da Copa de 2006. Ao declarar o valor dessa forma, a DFB podia pedir deduções ao fisco.

Só que investigadores apontaram que o evento nunca ocorreu. Segundo a denúncia, na verdade o dinheiro era destinado a cobrir um empréstimo secreto que Robert Louis-Dreyfus, ex-presidente da empresa Adidas, havia feito três anos antes para Franz Beckenbauer, presidente do Comitê Organizador da Copa de 2006.

À época em que Beckenbauer recebeu os valores de Louis-Dreyfus, uma soma similar foi transferida pelo presidente do comitê para a conta de uma empresa de Mohamed Bin Hammam, um membro do comitê executivo da Fifa. 

A suspeita é que os valores teriam sido usados para cobrir os custos de um caixa 2 originalmente montado com o empréstimo de Louis-Dreyfus. Tudo teria o objetivo de comprar votos de membros da Fifa e garantir a escolha da Alemanha como país-sede da Copa de 2006.

JPS/efe/ots

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