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Trump inicia campanha à reeleição

19 de junho de 2019

Em comício em Orlando, presidente ataca democratas, enaltece taxações comerciais e volta a se posicionar como um "outsider" em Washington: "Os democratas são movidos por ódio, preconceito e raiva."

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Presidente dos EUA, Donald Trump, em comício em Orlando que deu pontapé inicial de sua campanha para as eleições presidenciais de 2020
Sob o lema "Mantenha os EUA grandes", Donald Trump iniciou em Orlando sua campanha à reeleição presidencialFoto: Getty Images/AFP/M. Ngan

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou oficialmente sua campanha à corrida presidencial de 2020 com um comício em Orlando, na Flórida, na terça-feira (18/06). Em seu discurso, Trump atacou adversários políticos, enalteceu taxações comerciais e afirmou que "o mundo inveja" a econômica americana.

Trump não apresentou nenhuma proposta política, mas dedicou um tempo considerável para criticar sua rival na candidatura de 2016, a democrata Hillary Clinton, e o ex-presidente americano Barack Obama, embora ambos não estejam ativos na política.

"Nossos oponentes democratas radicais são movidos por ódio, preconceito e raiva. Eles querem destruir você e querem destruir nosso país como o conhecemos. Não é aceitável", disse Trump.

O presidente chegou a afirmar que os democratas restringiriam a liberdade de expressão caso retornassem ao poder. No entanto, muitos jornalistas americanos tem afirmado que seus frequentes ataques ao jornalismo têm obtido resultados na desestabilização da liberdade de imprensa. 

Apesar de residir praticamente dois anos e meio na Casa Branca, Trump mais uma vez se posicionou como um "outsider" em Washington. Numa repetição de outros discursos, voltou a alegar que tem lutado contra a "máquina política" durante sua presidência, razão pela qual "o pântano está revidando de forma tão vil e violenta".

Trump afirmou que sua campanha de 2016 acabou por se tornar o começo de um grande movimento político – um movimento formado por americanos que trabalham duro e acreditam que os EUA devem cuidar de seus próprios cidadãos primeiro. O sonho americano está de volta, mais forte do que nunca, proclamou Trump.

O presidente dos EUA voltou a classificar como uma "caça às bruxas" a investigação do procurador especial Robert Mueller sobre uma suposta interferência de Moscou nas eleições americanas de 2016. Em maio, Mueller afirmou que suas investigações não livraram Trump do crime de obstrução de Justiça, mas afirmou não haver opções legais para acusar o republicano formalmente.

Em seu discurso em Orlando, Trump também mencionou a guerra comercial travada por Washington com outros países. Ao citar as enormes tarifas econômicas estipuladas contra países como Índia e China, o presidente americano afirmou que os EUA "estão recebendo bilhões de dólares" em produtos chineses.

As tarifas tiveram enormes consequências negativas para empresas e produtores rurais americanos. Economistas estimam que as tarifas custaram aos EUA ao menos 60 bilhões de dólares, até o momento. Centenas de empresas e cidadãos dos EUA escreveram ao governo Trump com o pedido de uma redução nos impostos de importação.

Trump alegou ainda que a economia dos EUA desperta "a inveja do mundo", o que levou alguns de seus críticos a ressaltar a maior desigualdade de renda, o acesso mais difícil aos cuidados de saúde e salários mais baixos em comparação com grande parte do mundo industrializado.

A multidão presente no comício não pareceu perturbada com as contradições no discurso de Trump, bateu palmas e gritou palavras de ordem como "CNN é um lixo" e "prendam ela", em referência a Hillary.

A DW conversou com vários partidários de Trump no comício – todos expressaram confiança de que ele será reeleito presidente dos Estados Unidos.

"Acredito que o povo americano, ao examinar as questões, decidirá realmente em votar nele porque foi o presidente mais efetivo que já tivemos", afirmou Blake Marnell.

Atualmente, os índices de reprovação de Trump superam os de aprovação, de acordo com os principais pesquisadores de opinião pública, incluindo a emissora conservadora Fox News.

"Os eleitores de Trump não se identificam nas pesquisas e não colocam placas à mostra em seus jardins. Eles temem agressões dos democratas e que eles joguem pedras em suas casas. Há, sim, uma tremenda quantidade de apoio para Trump", disse Eduardo Whelan Portilla, em entrevista à DW.

PV/ap/afp/dpa/rtr

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