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Trump nomeia Dan Coats como diretor nacional de inteligência

5 de janeiro de 2017

Ex-senador ocupa cargo mais importante que restava ser definido por presidente eleito. Anúncio ocorre em meio a acusações da própria agência de que Rússia fez ciberataques para favorecer eleição do magnata.

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Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Walsh

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu nesta quinta-feira (05/01) nomear o ex-senador Dan Coats como diretor nacional de inteligência, informou uma fonte da equipe de transição. O anúncio oficial deve ser feito ainda nessa semana.

Esse é cargo mais importante que faltava ser definido por Trump na formação da futura equipe, que vai iniciar os trabalhos em 20 de janeiro. O magnata ainda precisa definir os nomes que vão comandar as secretarias de Agricultura e Assuntos de Veteranos.

Coats será o principal assessor presidencial em temas de inteligência e vai supervisionar todos os serviços de informação e espionagem. O ex-senador já trabalhou nos comitês de Inteligência e das Forças Armadas no Senado e também foi embaixador dos EUA na Alemanha.

Nesta quinta, a equipe de transição desmentiu que Trump pretenda restruturar os serviços de informações do país, como noticiou o The Wall Street Journal. De acordo com o jornal, o presidente pretenderia restruturar a Agência Central de Informações (CIA), reduzindo o número de funcionários que trabalham na sede e espalhar o efetivo por várias unidades.

Além disso, Trump teria dito que a direção da Inteligência Nacional dos EUA (DNI), que coordena todos os serviços de espionagem, estaria politizada e com excesso de recursos.

Críticas de Trump 

Pelo Twitter, Trump tem demonstrado ceticismo com o trabalho dos serviços de informações dos EUA. Nesta quinta, o atual diretor da Inteligência Nacional, James Clapper, afirmou que não há dúvidas de que a Rússia promoveu ciberataques para tentar interferir nas eleições presidenciais americanas e favorecer o magnata. O presidente eleito pôs em dúvida as conclusões da agência.

Segundo Sean Spicer, porta-voz da equipe de transição, a prioridade de Trump será "garantir a segurança" da nação e, para isso, está determinado a "encontrar a melhor forma e a mais eficaz" de alcançar esse objetivo. "Não é verdade essa ideia de uma reestruturação das infraestruturas dos serviços de informações", afirmou.

Trump vai receber nesta sexta-feira um dossiê sobre a prática de ciberataques por parte da Rússia em reunião com responsáveis da CIA e FBI e membros da DNI que ainda estão sob a administração Obama.

KG/rtr/efe/lusa