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UE assina acordo com CureVac para garantir 5ª vacina

16 de novembro de 2020

Comissão Europeia anuncia que vai assegurar a aquisição de mais de 400 milhões de doses de imunizante desenvolvido pela farmacêutica alemã. Bloco também negocia acordo de compra antecipada com a americana Moderna.

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Logo da CureVac
O objetivo da Comissão Europeia é conseguir uma carteira de seis potenciais vacinas para a covid-19Foto: picture-alliance/Geisler-Fotopress/S. Kanz

A Comissão Europeia anunciou nesta segunda-feira (16/11) um contrato com a farmacêutica alemã CureVac para assegurar a aquisição de 405 milhões de doses de uma potencial vacina para a União Europeia (UE). Esta é a quinta vacina no portfólio de Bruxelas.

"Alguns dias depois da assinatura do nosso contrato com [as farmacêuticas] BioNTech e Pfizer, estou feliz por anunciar um novo acordo: amanhã vamos autorizar um novo contrato para assegurar mais uma vacina para a covid-19 para os cidadãos europeus, que nos vai permitir adquirir até 405 milhões de doses da vacina produzida pela empresa europeia CureVac", anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O preço acordado para a vacina não foi divulgado.

Von der Leyen também lembrou que "este é o quinto contrato com uma empresa farmacêutica para o portfólio de vacinas" da UE. "E estamos trabalhando num sexto [contrato de compra antecipada] com a Moderna", apontou Ursula von der Leyen, indicando que esse acordo também deverá ser oficializado "em breve".

"O coronavírus continua a espalhar-se rapidamente na Europa e precisamos de uma vacina segura e eficaz para acabar com esta pandemia", concluiu a líder do Executivo europeu.

O anúncio foi feito no dia em que a farmacêutica americana Moderna disse que a sua vacina poderá ser 94,5% eficaz, de acordo com dados preliminares dos estudos clínicos em curso.

Este anúncio ocorreu uma semana depois de a americana Pfizer e a alemã BioNTech terem revelado dados provisórios sobre a sua vacina contra o novo coronavírus, que indicam que pode ser eficaz em 90% dos casos.

Assim como as vacinas da Moderna e da Pfizer/Biontech, a da CureVac usa a nova tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). Esse tipo de vacina não é feito com o próprio coronavírus, mas com um pedaço de código genético que treina o sistema imunológico para reconhecer a proteína spike do vírus.

Distribuição proporcional a países-membros

Até ao momento, a Comissão Europeia já assinou contratos com quatro farmacêuticas para assegurar vacinas para a Europa quando estas se revelarem eficazes e seguras: a AstraZeneca (300 milhões de doses), a Sanofi-GSK (300 milhões), Johnson & Johnson (200 milhões) e BioNTech e Pfizer (300 milhões).

O objetivo da Comissão Europeia é conseguir uma carteira de seis potenciais vacinas para a covid-19, que além das já asseguradas abrangerá as das farmacêuticas CureVac e a Moderna.

A Comissão espera que as vacinas sejam disponibilizadas ao mesmo tempo para todos os Estados-membros da UE, sendo que a quantidade distribuída para cada um será baseada na população. O plano europeu ainda prevê que os Estados-membros podem decidir doar as doses de vacina em excesso a outros países mais pobres ou redirecioná-las para outros países europeus.

Sediada em Tübingen, na Alemanha, a CureVac é uma empresa europeia pioneira no desenvolvimento de uma classe de vacinas totalmente nova. A CureVac esteve envolvida numa polêmica em março, quando um jornal alemão noticiou que o governo dos EUA teria  oferecido 1 bilhão de dólares à empresa para garantir acesso exclusivo a potencial vacina contra a covid-19.

JPS/lusa/ots/rtr