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UE elogia relatório-síntese sobre o clima; confira as principais conclusões

17 de novembro de 2007
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A Comissão Européia (UE) elogiou o resumo dos três relatórios de 2007 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU), apresentado neste sábado (17/11) em Valência, na Espanha.

"O novo relatório é um marco do nosso conhecimento científico sobre a mudança climática e sobre as ameaças ao Planeta, decorrentes do aquecimento global", disse o comissário de Meio Ambiente da UE, Stavros Dimas.

O documento, que servirá de base para as negociações da cúpula mundial do clima em Bali, em dezembro próximo, mostra que é urgente agir para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. "A boa notícia é que relatório mostra que uma ampla redução das emissões é técnica e financeiramente viável", disse Dimas.

As principais conclusões do relatório são:

  • Desde 1970, as emissões de gases do efeito estufa causadas pelo ser humano aumentaram 70%. A concentração de CO2 na atmosfera supera em muito o volume natural dos últimos 650 mil anos.
  • A temperatura média mundial provavelmente aumentará entre 1,1 ºC e 6,4 ºC neste século.
  • O nível do mar provavelmente subirá entre 18 cm e 59 com neste século.
  • Se o aumento da temperatura superar a faixa de 1,5 a 2,5 ºC, então 20% a 30% das espécies de plantas e animais estarão ameaçados de extinção.
  • O risco de fenômenos climáticos extremos aumenta: haverá mais inundações, períodos de seca e ondas de calor. Ecossistemas únicos estão ameaçados: nos pólos Norte e Sul, nas regiões montanhosas e nos recifes de corais.
  • As conseqüências da mudança climática se distribuem de forma desigual: pessoas idosas e pobres serão mais atingidas, o mesmo ocorre com os países equatoriais, que na África se encontram entre os Estados mais pobres do mundo.
  • As regiões mais atingidas serão a África, o Oceano Ártico, pequenas ilhas e grandes deltas na costa asiática.
  • Para limitar o aumento da temperatura ao nível de 2,0 ºC a 2,4 ºC em relação à era pré-industrial, as emissões totais de gases do efeito estufa precisam diminuir a partir de 2015.
  • Os custos para do combate à mudança climática, segundo os cenários mais otimistas, são estimados em menos de 0,12% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Na pior das hipóteses, teriam de ser investidos 3% do PIB mundial nessa luta até 2030. (kas/gh)