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UE pede contenção após ativista levar tiro em Hong Kong

1 de outubro de 2019

Polícia fere militante a bala pela primeira vez desde início dos protestos pró-democracia. Reino Unido diz ser "desproporcional" o uso de munição real. Rapaz é internado em estado grave após ser atingido no peito.

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Manifestantes se protegem com guarda-chuvas em meio a fogo e fumaça durante confronto com a polícia
Ao menos 15 ficaram feridos em confrontos entre manifestantes e policiais em Hong KongFoto: Reuters/T. Siu

A União Europeia pediu nesta terça-feira (01/09) "contenção" em Hong Kong, depois que um policial atirou num manifestante durante confrontos em manifestações pró-democracia no território semiautônomo chinês.

"À luz dos contínuos distúrbios e violência em Hong Kong, a União Europeia continua enfatizando que diálogo, tranquilidade e contenção são o único caminho a seguir", disse a porta-voz da UE Maja Kocijancic.

O governo do Reino Unido denunciou como "desproporcional" o uso de munição real pela polícia de Hong Kong contra os manifestantes pró-democracia, advertindo que o ocorrido pode agravar as tensões que abalam a ex-colônia britânica.

O ferido está internado em estado grave, após ser baleado no peito por um policial. Segundo um amigo do jovem, o paciente seria estudante do quinto grau, que, no sistema educacional de Hong Kong, é acessado por alunos a partir dos 16 anos de idade.

Uma fonte da polícia confirmou à mídia local que os policiais dispararam várias vezes para o alto no distrito de Tsuen Wan, e que um dos tiros atingiu uma pessoa. Imagens do incidente mostram manifestantes em confronto com a polícia, alguns usando guarda-chuvas e bastões de metal como armas.

Segundo outra fonte policial, o agente disparou contra o jovem quando sua unidade foi atacada por cerca de 12 manifestantes, durante confrontos prolongados. É a primeira vez que alguém foi atingido com munição real, em quase quatro meses de protestos no centro econômico e financeiro na Ásia.

Pelo menos 15 ficaram feridos em confrontos entre manifestantes e policiais, informou o órgão que administra os hospitais públicos da região administrativa especial. Além disso, ocorreram no mínimo 30 detenções.

"Embora tenham sido tomadas medidas positivas iniciais para envolver os membros do público e vários setores da sociedade no diálogo, são necessários mais esforços para restaurar a confiança", aconselhou a porta-voz Kocijancic. "Mais de três meses desde o início dos protestos, os direitos de reunião e de protestar pacificamente devem continuar sendo respeitados, de acordo com a lei fundamental de Hong Kong e os compromissos internacionais."

A violência em Hong Kong ofuscou as celebrações na China marcando o aniversário de 70 anos do regime do Partido Comunista. A comemoração incluiu uma grande parada militar em Pequim.

MD/efe/afp

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