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UE tira Farc da lista de organizações terroristas

27 de setembro de 2016

Após assinatura de acordo de paz, UE anuncia suspensão de sanções à guerrilha colombiana. Decisão temporária será reavaliada em seis meses. EUA vão esperar que pacto seja implementado para rever status do grupo.

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Guerrilheiros das Farc
Farc haviam sido incluídas na lista terrorista da UE em 2002Foto: picture-alliance/dpa/C. Escobar Mora

Após a assinatura do histórico acordo de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do país, nesta segunda-feira (26/09), a União Europeia (UE) anunciou a remoção temporária da guerrilha de sua lista de terrorismo e a consequente suspensão de sanções econômicas.

As Farc haviam sido incluídas em 2002 na lista, criada após os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York. Ela inclui pessoas, grupos e organizações, contra os quais foram impostas sanções devido ao envolvimento em atividades terroristas.

Segundo a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a suspensão das Farc da lista permitirá que a UE apoie o programa pós-conflito, "benéfico para o povo colombiano". "Estamos prestes a lançar um pacote de ajuda, incluindo um fundo de 600 milhões de euros, com a contribuição ativa de vários Estados-membros", disse.

A suspensão das sanções às Farc durará inicialmente seis meses e será então reavaliada, disse um diplomata à agência de notícias AFP. Após a inclusão da guerrilha na lista de terrorismo, a UE havia congelado todos os fundos e bens financeiros do grupo.

A embaixadora da UE para a Colômbia, Ana Paula Zacarias, afirmou à emissora local RCN que é possível que as Farc sejam retiradas completamente da lista.

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse que os Estados Unidos ainda não vão remover as Farc de sua lista terrorista, da qual fazem parte desde 1997. No entanto, Kerry afirmou que o status da guerrilha será revisto assim que o acordo for totalmente implementado. "Não queremos deixar alguém na lista se ela não pertencem a ela."

O acordo de paz foi assinado por líderes da guerrilha e pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, após longas negociações mediadas por Cuba, colocando fim a um conflito que já durava 52 anos.

LPF/lusa/ap/afp/dpa