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UE quer abrir fronteiras externas a partir de julho

11 de junho de 2020

Relaxamento deve ser gradual, mas não há previsão de abertura para nações em fase aguda da pandemia, como Brasil. Bruxelas propõe fim de controles entre países do bloco na próxima semana e em 1° de julho para os Bálcãs.

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Pessoas levam malas em saguão de aeroporto
"As viagens internacionais são fundamentais para o turismo e os negócios", afirmou comissária da UEFoto: picture-alliance/Fotostand/Ruehl

Bruxelas propôs nesta quinta-feira (11/06) que a União Europeia reabra suas fronteiras externas a partir de 1° de julho e as fronteiras internas já na próxima segunda-feira.

O braço executivo da UE, a Comissão Europeia, recomendou que em julho sejam abertas as fronteiras do bloco com países dos Bálcãs Ocidentais: Albânia, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Montenegro, Macedônia do Norte e Sérbia.

Já a suspensão de restrições em relação a outros países deve ocorrer mais tarde e de forma gradual, segundo uma lista de nações a ser formulada.

Conforme a Comissão Europeia, o relaxamento das restrições para regiões de fora da UE devem depender do atendimento a determinados critérios, como baixas taxas de infecção e a capacidade do país para lidar com a pandemia.

A proposta prevê que os viajantes tenham entrada na UE permitida de acordo com seu local de residência, não pela nacionalidade. Eles não teriam que cumprir quarentena após a chegada.

As restrições devem permanecer para áreas com dados mais preocupantes e poderão ser relaxadas para países "em situação similar ou melhor à da UE", que estipulem medidas de contenção durante viagens e também estejam dispostos a deixar entrar cidadãos europeus.

Entre as preocupações principais dos europeus, estão nações em que a pandemia ainda não é considerada sob controle, como os EUA e o Brasil.

Os EUA têm o maior número de mortes e infecções do mundo e nesta quinta-feira chegaram à marca de dois milhões de casos registrados.

Já o número de mortos na América Latina passou de 70 mil na quarta-feira, de acordo com dados oficiais da AFP. O Brasil, país mais afetado da região, tem mais da metade do total de mortos no continente: mais de 40 mil, segundo dados divulgados por um consórcio de veículos da imprensa brasileira a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

A Rússia passou pelo marco simbólico de 500 mil casos confirmados, e o Irã disse que 180 mil foram infectados no país. Pelo menos 7,3 milhões de casos de coronavírus foram registrados em 196 países e territórios.

Ao divulgar as recomendações da Comissão Europeia para dar nova vida ao setor de turismo europeu, a comissária para Assuntos Internos, Ylva Johansson, disse que os países-membros devem "abrir o mais rápido possível, e a Comissão recomenda fazer isso já nesta segunda-feira".

"As viagens internacionais são fundamentais para o turismo e os negócios, e para a família e os amigos se reconectarem", disse Johansson. Ela afirmou que a situação do vírus "está realmente melhorando em todos os Estados-membros" e que o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças informou que "restrições nas fronteiras internas não é uma solução eficaz" para combater a disseminação da covid-19.

Em um relatório datado de 26 de maio, o CEPCD frisou que "a relativa importância da transmissão através do turismo e de viagens de longa distância provavelmente será pequena em comparação com a transmissão em curso que ocorre em nível local e como resultado do transporte local''.

Mas nem todos os países da UE vão reabrir suas fronteiras para viajantes do bloco na próxima semana. Espanha e Portugal planejam reabrir mais tarde, ainda em junho, e a Dinamarca só pretende reabrir fronteiras com Alemanha, Islândia e Noruega.

Os países europeus planejam a reabertura após três meses de medidas de confinamento e do fechamento das fronteiras para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. O setor do turismo é um importante gerador de renda para muitos dos países do Mediterrâneo, como Itália, Espanha, Portugal, Croácia e Grécia.

MD/afp/ap

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