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Vacinação evitou 38 mil mortes por covid-19 na Alemanha

7 de agosto de 2021

Pesquisa do Instituto Robert Koch projeta que imunização impediu mais de 706 mil contágios com coronavirus. Em consequência, 76 mil não precisaram ser hospitalizadas e quase 20 mil não foram parar em UTIs.

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Foto mostra paciente sendo transportado em uma maca, com muitos aparelhos. Três profissionais auxiliam na locomoção. Todos usam máscara de proteção.
Atualmente na Alemanha, 97% dos novos casos são da variante deltaFoto: Francisco Seco/AP Photo/picture alliance

A campanha de vacinação contra a covid-19 na Alemanha evitou mais de 38 mil mortes e mais de 706 mil casos da doença, mostra estudo divulgado nesta sexta-feira (06/08) pelo Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças.

A pesquisa também aponta que a imunização evitou mais de 76 mil hospitalizações e quase 20 mil internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

O modelo estudado pelo RKI avalia como teria sido a terceira onda da covid-19 na Alemanha caso não tivesse havido a campanha de vacinação.

Os cálculos referem-se ao período de janeiro a julho de 2021, e refletem, também, um começo lento na imunização, que ganhou impulso apenas em abril, quando os médicos começaram a aplicar a vacina em seus consultórios. De acordo com o estudo, a faixa etária acima de 60 anos de idade foi particularmente beneficiada com as vacinas.

Segundo o RKI, os dados mostram que as vacinas têm uma alta taxa de eficácia e "abrirão o caminho para sair da pandemia".

Mais da metade de população completamente imunizada

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, informou neste sábado pelo Twitter que mais de 45 milhões de pessoas no país, o equivalente a 54,5% da população, já estão completamente imunizadas contra a covid-19. Cerca de 62% receberam pelo menos uma dose.

Agora, as autoridades debatem como aumentar a taxa de vacinação. O país não sofre de escassez de imunizantes, mas vê há semanas a taxa de procura pelas vacinas cair. Desde o sábado passado, foram apenas cerca de 600 mil novos vacinados - no auge da procura, chegaram a ser imunizadas 1,4 milhão de pessoas por dia.

O tema será debatido em uma reunião entre a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e os governadores dos 16 estados alemães na próxima semana.

Com a variante delta respondendo por 97% das novas infecções na Alemanha, o RKI projeta que seja necessária uma taxa de 85% de vacinação para ser atingida a chamada imunidade de rebanho.

"Tomar a vacina é uma decisão pessoal, mas também afeta a todos nós como uma comunidade. Cada indivíduo decidirá o quão bem passaremos o outono e o inverno", escreveu Spahn no Twitter.

A Alemanha registrou neste sábado 24 mortes por covid-19 e 3.206 novos casos da doença, bem menos do que outros países europeus, como Reino Unido, que teve 28 mil novas infecções.

Menos liberdades  para não vacinados

Alguns políticos não descartam dar mais liberdades a pessoas vacinadas do que às não vacinadas. Mas a questão é polêmica.

Outros países europeus, como França e Itália, implementaram regras que exigem que as pessoas provem estar vacinas ou recuperadas da covid-19 para ingressar em locais como restaurantes e museus.

A decisão não foi bem-recebida por parte da população, com alguns cidadãos afirmando que as regras infringem suas liberdades.

Na França, milhares de pessoas voltaram às ruas neste sábado, pelo quarto fim de semana consecutivo, para protestar contra as medidas.

Segundo estimativas oficiais, foram cerca de 237 mil manifestantes em várias cidades francesas, nos maiores protestos até agora contra as medidas no país. Cerca de 35 pessoas foram detidas.

A partir de segunda-feira, o passe sanitário será necessário na França para entrar em cafés, restaurantes e fazer viagens de longa distância. 

 A obrigatoriedade da apresentação do certificado já está em vigor para o acesso a locais culturais e recreativos, incluindo cinemas, salas de concertos e parques temáticos. 

le (ots)