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Perto do fim?

23 de janeiro de 2011

Decisão aumenta a pressão sobre o primeiro-ministro Brian Cowen, que perde mais dois ministros e a maioria parlamentar, e eleva as chances de que sejam convocadas eleições antecipadas.

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Cowen já havia deixado a presidência do seu partidoFoto: AP

O Partido Verde da Irlanda anunciou neste domingo (23/01) sua saída da coligação com o Fianna Fail, do primeiro-ministro Brian Cowen, o que deve precipitar a convocação de eleições antecipadas.

A decisão significa que Cowen perdeu mais dois ministros – restando apenas sete, o mínimo constitucional – bem como a maioria no Parlamento. "A nossa paciência chegou ao fim", afirmou o líder do partido ambientalista, John Gormley, acrescentando que as eleições são "absolutamente necessárias".

"Decidimos que não podemos ficar mais tempo no governo", disse Gormley. Segundo ele, o partido se comportará "de modo responsável" e apoiará a votação da Lei das Finanças mesmo estando na oposição. Cowen acatou a decisão dos verdes e agradeceu pelo trabalho deles no governo.

O primeiro-ministro está sob intensa pressão para convocar eleições antes da data anunciada de 11 de março. No sábado, ele deixou a presidência do Fianna Fail, após uma semana de crise em que se demitiram seis ministros.

O chefe do governo é criticado pela gestão da crise financeira irlandesa. Cowen acertou um plano de resgate de 85 bilhões de euros com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, interpretado por muitos irlandeses como um abandono da soberania da Irlanda.

Questionado sobre uma possível renúncia, Cowen respondeu: "Considero importante a aprovação da Lei de Finanças e necessitamos de um governo para fazer isso".

Os dois principais partidos de oposição, o Trabalhista (esquerda) e o Fina Gael (centro), propuseram neste domingo ao governo total apoio na votação da Lei das Finanças em troca da antecipação das eleições.

A lei, último componente do projeto de orçamento divulgado sexta-feira passada, deve ser aprovada pelo Parlamento antes da sua dissolução, que deve preceder as eleições em três semanas. O orçamento, considerado o mais rigoroso da história da Irlanda, prevê para 2011 cortes de 6 bilhões de euros nas despesas públicas e 2 bilhões de aumentos de impostos.

AS/lusa/rtr/afp/ap
Revisão: Roselaine Wandscheer