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Viúva americana doa fortuna ao zoológico de Colônia

1 de setembro de 2017

Zoológico receberá herança de 22 milhões de dólares de Elizabeth Reichert, de 93 anos, que nasceu e conheceu o marido na cidade alemã. Casal não teve filhos.

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Elefantes no zoológico de Colônia
Elefantes no zoológico de ColôniaFoto: picture-alliance/M. Vollmann

Uma viúva americana decidiu doar sua fortuna, avaliada em 22 milhões de dólares, ao zoológico de Colônia, na Alemanha. A cidade no oeste do país, além de ser o local de nascimento de Elizabeth Reichert, de 93 anos, foi também onde ela conheceu o marido durante a Segunda Guerra Mundial.

Segundo o jornal Kölner Stadt-Anzeiger, uma fundação será criada para administrar o dinheiro após a morte de Elizabeth. Os juros dos investimentos serão repassados anualmente para o zoológico. Estima-se que o local receberá até 800 mil euros por ano.

"Ao pensar para quem deixar o dinheiro, as memórias têm um papel importante", contou Elizabeth ao Kölner Stadt-Anzeiger, ao ser questionada sobre a decisão. A viúva, que nasceu em Colônia, assim como o marido, disse ainda que o casal nunca esqueceu a cidade.

Elizabeth conheceu Arnulf Reichert em Colônia, um judeu que vivia na clandestinidade escondido do regime nazista, em 1944. Depois de sobreviver ao Holocausto, o casal decidiu deixar a Alemanha e migrou inicialmente para Israel e depois para os EUA.

No novo país, Elizabeth trabalhou como cabelereira e seu marido assumiu um cargo numa empresa especializada no comércio de animais de estimação e rações. Poucos anos depois, Arnulf resolveu investir num negócio próprio.

O casal fez fortuna nos EUA. Como não tiveram filhos, eles decidiram doar sua herança ao zoológico. Após a morte do marido, em 1998, Elizabeth decidiu seguir com os planos do casal.

Em 2015, quando os primeiros e-mails sobre a doação começaram a chegar, o diretor do zoológico, Christopher Landsberg, achou que era uma brincadeira. Após entrar em contato com os advogados da viúva, o local começou a receber doações mensais de 6 mil euros.

Em troca do presente, o zoológico decidiu batizar o prédio dos animais da América do Sul com o nome de Arnulf Reichert. A viúva foi convidada para participar do evento em homenagem ao seu marido e visitar novamente o local, mas ela afirmou que uma viagem até a Alemanha seria muito cansativa por causa de sua idade avançada.

Essa não foi a primeira vez que o casal presentou o zoológico. Em 1954, eles doaram uma tartaruga para o local.

CN/ots