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Vice de Merkel não integrará próximo governo

8 de março de 2018

Atual ministro do Exterior, Sigmar Gabriel é preterido pelo SPD depois da polêmica declaração sobre o ex-presidente do partido Martin Schulz. Social-democratas anunciam seus nomes no governo até esta sexta-feira.

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Sigmar Gabriel e Angela Merkel
Gabriel e Merkel na posse do governo, em 2013. Social-democrata foi ministro da Economia, do Exterior e vice-chancelerFoto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler

O ministro interino do Exterior e atual vice-chanceler federal da Alemanha, Sigmar Gabriel, anunciou nesta quinta-feira (08/03) que não ocupará o cargo no próximo governo Angela Merkel.

Leia mais: Merkel chama seu maior crítico interno para ministério

Gabriel fez o anúncio na sua página pessoal no Facebook, detalhando que a decisão lhe fora comunicada pela liderança do Partido Social-Democrata (SPD), o presidente interino Olaf Scholz e a presidente designada Andrea Nahles.

Gabriel havia manifestado interesse em permanecer no cargo, mas sua continuidade era pouco provável devido às suas relações complicadas com Nahles e Scholz. A situação havia piorado ainda mais depois do fim das negociações para a nova grande coalizão com os partidos liderados por Merkel.

Findas as negociações, o então presidente do SPD, Martin Schulz, reivindicou para si o posto de ministro do Exterior. Contrariado, Gabriel reclamou publicamente da maneira como o partido estava lidando com ele e, numa entrevista, ridicularizou Schulz.

"Minha filha pequena Marie me disse hoje de manhã: 'Você não precisa ficar triste, papai, agora você tem mais tempo para nós. Isso é bem melhor do que com aquele homem de cara peluda'", declarou Gabriel aos jornais do grupo Funke.

As palavras de Gabriel foram mal recebidas dentro do SPD, o que influenciou negativamente suas pretensões ao cargo de ministro do Exterior.

A contrariedade de Gabriel, porém, era compreensível, pois foi ele quem abriu caminho para Schulz dentro do partido, renunciando à presidência do SPD e à candidatura à chancelaria federal em favor do ex-presidente do Parlamento Europeu, de quem era amigo pessoal.

Na época, Schulz era visto, dentro do SPD, como o candidato com mais chances de derrotar Merkel nas urnas, o que não se confirmou. O SPD teve o pior resultado do pós-Guerra na eleição de setembro passado.

Gabriel é vice-chanceler desde 2013, foi ministro do Meio Ambiente de 2005 a 2009, no primeiro governo de Merkel, e de dezembro de 2013 até o início de 2017, foi ministro da Economia. Depois, passou a comandar o Ministério do Exterior.

O SPD deverá anunciar até esta sexta-feira os nomes do partido no futuro governo Merkel. Scholz é dado como certo para os cargos de vice-chanceler e ministro das Finanças.

As revistas Focus e Der Spiegel e agências de notícias adiantaram que o atual ministro da Justiça, Heiko Maas, substituirá Gabriel à frente da pasta do Exterior. Segundo a agência dpa, Gabriel afirmou que Maas exerceria a função de maneira excelente.

AS/dpa/rtr/afp

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