Vítimas de ataque em Berlim fazem teste anti-HIV

Cinqüenta e seis pessoas apresentaram-se até este domingo (28/05) nas clínicas universitárias Vichow e Charité, em Berlim, para realizar exames e receber medicamentos contra o vírus da aids (HIV), depois de terem sido feridas ou terem prestado socorro às vítimas do banho de sangue ocorrido na capital alemã.

O ataque aconteceu pouco antes da meia-noite desta sexta-feira, após a festa de inauguração da nova estação ferroviária. O agressor, de 16 anos, atacou indiscriminadamente todas as pessoas com as quais cruzou pela rua perto da sede do Parlamento alemão.

O número de vítimas subiu de 28 para 35 neste domingo. Sete pessoas que haviam sofrido ferimentos leves só se apresentaram depois que a polícia fez um chamado a todas as vítimas e ao pessoal de primeiros socorros, por causa da existência de um caso de aids entre os feridos.

Segundo um porta-voz da polícia, uma das 28 pessoas que foram atendidas informou que era portadora do HIV. Por isso, não se poderia descartar que alguém tenha sido infectado depois de atender ou ter sido apunhalado pela mesma arma que atingiu o soropositivo. Vinte e oito pessoas já receberam medicamentos que coíbem a ação do vírus; 15 feridos ainda continuam hospitalizados.

O suposto autor do crime encontra-se preso e é acusado de tentar matar 24 pessoas e causar ferimentos graves em outras. Neste domingo, a polícia interrogou mais vítimas e testemunhas para tentar reconstruir as circunstâncias do ataque. "Temos de montar um retrato preciso do ocorrido", disse o porta-voz da polícia, Uwe Kozelnik.

O acusado já tinha registros na polícia por participação em pancadaria na escola. Segundo as estatísticas oficiais sobre criminalidade infantil, no ano passado foram cometidos em Berlim 612 crimes com uso de faca, embora nem sempre resultando em ferimento de pessoas.

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