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Wilders diz que parte dos marroquinos na Holanda é "escória"

18 de fevereiro de 2017

Ao iniciar campanha eleitoral, líder de extrema-direita promete "retomar" país e defende "uma Holanda para os holandeses". Partido dele lidera pesquisas, um pouco à frente da legenda do atual primeiro-ministro.

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Geert Wilders
Wilders lançou a campanha de seu partido PVV em Spijkenisse, na área industrial que circunda o porto de Roterdã Foto: Reuters/M. Kooren

O líder de extrema direita holandês Geert Wilders lançou neste sábado (18/02) a campanha eleitoral do Partido da Liberdade (PVV) com ataques à "escória marroquina" que, segundo ele, torna as ruas da Holanda inseguras e prometendo "retomar" o país caso vença as eleições legislativas em março.

Wilders estava cercado pela polícia e agentes de segurança ao fazer uma caminhada na cidade de Spijkenisse, na área industrial que circunda o porto de Roterdã e que é um reduto de sua legenda. Ele caminhou entre seus seguidores, os abraçou e distribuiu panfletos.

"Nem todos são escória, mas há muita escória marroquina na Holanda que torna as ruas inseguras", declarou. "Se você quiser retomar seu país, se você quer que a Holanda seja novamente dos holandeses, então você só pode votar num partido."

Crimes cometidos por jovens marroquinos não estão sendo levados a sério, disse Wilders, que foi condenado em dezembro passado por discriminação por causa de comentários anteriores sobre marroquinos.

Wilders, que tem vivido escondido desde que o cineasta holandês Theo van Gogh foi assassinado por um islamista em 2004, prometeu acabar com a imigração muçulmana, fechar todas as mesquitas e tirar a Holanda da União Europeia.

O líder do PVV espera que o aumento global do sentimento antiliberal – que já ajudou a eleger Donald Trump à Casa Branca e a retirar os britânicos da União Europeia – irá impulsioná-lo ao poder nas eleições legislativas marcadas para 15 de março.

"Apesar de todo ódio e propaganda de medo da elite tanto no Reino Unido quanto em Bruxelas, as pessoas carregam seus destinos em suas próprias mãos", declarou. "Eu acho que isso vai acontecer na Holanda, França, Áustria e Alemanha."

O partido de Wilders lidera as pesquisas de opinião com 17%, um pouco à frente do partido do atual primeiro-ministro holandês, Mark Rutte. No entanto, mesmo se ganhar as eleições, Wilders terá dificuldades de formar uma coalizão de governo, já que a maioria das legendas descarta uma união com o PVV devido às suas ideias xenófobas.

FC/efe/afp/rtr