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Dívida grega

16 de março de 2010

Reunidos em Bruxelas, ministros das Finanças dos países da zona do euro teceram planos para "ajudas bilaterais" e coordenadas à Grécia. Sistema, entretanto, só deve ser ativado em caso extremo.

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Jean-Claude Juncker disse que ajuda é para caso extremoFoto: AP

O plano de emergência dos países da zona do euro para Grécia está tomando contornos, apesar das reservas apresentadas pelo governo da Alemanha. Reunidos nesta terça-feira (16/03) em Bruxelas, os ministros das Finanças dos 16 países da zona euro concordaram com "modalidades técnicas" de ajudas bilaterais coordenadas.

Entretanto, de preferência elas só serão ativadas em último caso, explicou o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, que presidiu a reunião. Ele observou que no momento não vê necessidade de uma ajuda financeira para Atenas.

Juntamente com os demais ministros dos 27 países da União Europeia, os chefes de governo e Estado da zona do euro se encontrarão nos dias 25 e 26 de março para decidir sobre o tipo e amplitude das ajudas.

Berlim não prevê decisão na próxima semana

O governo alemão ressaltou, no entanto, que não espera uma decisão concreta da cúpula da UE agendada para a próxima semana. "A Grécia não pediu ajuda alguma e, portanto, tampouco há uma decisão nesse sentido", disse em Berlim o ministro das Finanças Wolfgang Schäuble.

A Alemanha, maior economia da Europa e país que seria base de sustentação de qualquer ajuda, é contra auxiliar a Grécia antes que o país se demonstre disposto a tomar medidas dolorosas, porém necessárias, para melhorar suas finanças.

Sem citar detalhes

A assistência da zona do euro deve ser feita através de ajudas bilaterais, já que as garantias de crédito foram descartadas pelos ministros, como lembrou Jean-Claude Juncker. Um comunicado divulgado pelos ministros da zona do euro não citou cifras, embora tenha elogiado o fato de Atenas ter redobrado esforços para reparar suas finanças públicas.

Enquanto a maioria dos ministros das Finanças preferiu silenciar sobre o conteúdo do mecanismo de ajuda, o chefe de pasta da Holanda, Jan-Kees De Jager, citou alguns detalhes de como poderia ser um possível programa de salvamento, que chamou de "rede de segurança". Créditos bilaterais de outros Estados seriam de cunho voluntário, e os chefes de Estado e governo da EU poderiam também se decidir por uma medida envolvendo toda a zona do euro, observou De Jager.

Alemanha poderá pagar maior parte

Neste caso, a contribuição de cada país se basearia em sua participação de capital no Banco Central Europeu. Esse cálculo é baseado no tamanho populacional e no desempenho econômico.

Isso significaria que a Alemanha teria que arcar com 27% da carga da dívida, a França com 20%, Itália com 17,9% e a Holanda com 5,7%. "Estamos falando de um instrumento que obedeceria a condições tão severas que não poderíamos chamá-lo de pacote de salvamento", ressalvou De Jager.

MD/rtrs/apn
Revisão: Augusto Valente