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Naufrágio: Nyusi promete atuar para evitar nova tragédia

Lusa
10 de abril de 2024

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, garante que o Governo está empenhado em evitar que se repita a tragédia de domingo, ao largo de Nampula, em que morreram 98 pessoas no naufrágio de um barco de pesca.

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Presidente moçambicano, Filipe Nyusi
Presidente moçambicano, Filipe NyusiFoto: Jemal Countess/UPI/newscom/picture alliance

"Nós perdemos naquele barco que saiu daqui e ia para a Ilha [de Moçambique], 98 pessoas [...] O problema aqui, daquilo que percebemos, é que viajaram num barco de pesca", começou Filipe Nyusi por dizer, ao dirigir-se à população do Posto Administrativo de Lunga, província de Nampula,para onde viajou hoje.

"Não podemos evitar o que aconteceu. Mas estamos convosco e estaremos convosco", insistiu o chefe de Estado.

Filipe Nyusi acrescentou que "viajaram muitas pessoas" naquele barco, com capacidade para apenas "15 ou 20", mas prometeu medidas no futuro.

"O que vamos fazer é procurar formas para evitar que estes problemas possam surgir mais amanhã", disse ainda o Presidente da República.

O acidente matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças, 34 mulheres e nove homens, entre os cerca de 130 que seguiam a bordo. 

98 pessoas morreram no naufrágio
98 pessoas morreram no naufrágioFoto: TVM/AFP

De acordo com as autoridades marítimas moçambicanas, a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito e as pessoas que transportava fugiam a um surto de cólera no continente, com destino à Ilha de Moçambique, tendo o naufrágio acontecido a cerca de 100 metros da costa.  

O dono e um responsável pela embarcação, que partiu no domingo de Lunga, distrito de Mossuril, com destino à Ilha de Moçambique, estão detidos, disse à Lusa a porta-voz da polícia na província de Nampula, Rosa Chaúque.

O Provedor de Justiça de Moçambique, Isaque Chande, também apelou ao Governo para melhorar as condições de transporte no país, por via marítima, face ao naufrágio em Nampula.

"Encorajamos, deste modo, o Ministério dos Transportes e Comunicações para, através dos seus canais de comunicação, reforçar a fiscalização e adotar medidas para o melhoramento das condições nas quais os nossos compatriotas são transportados por via marítima, em particular, para que se evitem tragédias similares no futuro", lê-se numa mensagem de condolências do Provedor de Justiça, assumindo-se "consternado" com o naufrágio em Nampula.