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Academia DW forma e treina profissionais de mídia

Katrin Matthaei / sv7 de janeiro de 2004

Competência intercultural é palavra de ordem na Academia Deutsche Welle, que oferece formação para jornalistas de países em desenvolvimento e capacita executivos alemães para o contato com a mídia estrangeira.

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Deutsche Welle: informação em 30 idiomasFoto: AP

Em funcionamento há apenas uma semana, a Academia DW engloba quatro programas de formação profissional. A preocupação central continua sendo a especialização de jornalistas de países em desenvolvimento, principalmente daqueles oriundos de nações onde a censura cerceia a liberdade de imprensa.

Know-how à disposição - Segundo o diretor-geral da Deutsche Welle, Erik Bettermann, trata-se, em primeira linha, de mostrar ao público interno "de quanto know-how a DW dispõe" através de seu imenso leque de profissionais de todo o mundo.

Além disso, é função da nova Academia "disseminar a informação exatamente em países onde não há um mercado de mídia liberalizado, como por exemplo onde as emissoras de rádio e TV são ligadas a um único partido ou estão sob os auspícios de um ditador. Ou seja, o objetivo é ser um pedacinho da voz da liberdade", completa Bettermann.

DW-Volontär Jens Krepela moderiert DW-Sport Kompakt
Jens Krepela, um dos participantes do programa de treinamento da DWFoto: DW

"Pequena ONU" -

A Deutsche Welle reúne hoje profissionais de mais de 60 nações e oferece programas em 30 idiomas diferentes, o que faz de sua sede em Bonn parecer uma "pequena ONU". Desde 1965, os Centros de Formação da DW capacitaram cerca de 18 mil jornalistas de países em desenvolvimento. Um deles - o Centro de Televisão - oferece no momento a jornalistas afegãos um treinamento na produção de notícias para a TV.

Gerda Meuer, diretora da Academia, conta que os dois Centros de Formação da DW têm entre seus pontos fortes a capacitação de profissionais africanos. "Na África, marcamos uma forte presença tanto na área de TV quanto na de rádio. Trabalhamos, via de regra, em parceria com organizações locais. Nossos cursos não são concentrados em uma única região. Se uma instituição de Gana, por exemplo, nos chama para oferecer um treinamento, procuramos convidar profissionais dos países vizinhos. Desta forma, fomentamos a comunicação intercultural local, ao trazermos jornalistas e técnicos da região próxima", explica Meuer.

A nova Academia forma também profissionais para trabalhar posteriormente no próprio corpo jornalístico da Deutsche Welle. A cada ano, participam dos programas de formação da DW cerca de 30 trainees. Pela primeira vez, a DW oferece, além de treinamento nas redações alemãs, programas destinados ao trabalho em suas redações de língua estrangeira, incluindo aí as voltadas para idiomas africanos.

StudioProduktion in der Deutschen Welle - Bonn
Archibald Gordon, Priya Esselborn e Marion Kulinna nos estúdios da Deutsche Welle em Bonn

Treinamento intercultural -

Outro pilar do trabalho da Deutsche Welle será a partir de agora o que se chama de "treinamento intercultural de mídia": jornalistas estrangeiros que trabalham na DW passam a oferecer a executivos e associações empresariais alemãs um treinamento voltado para eventuais contatos com a mídia fora do país.

"Um bom exemplo é o que ocorreu com um executivo da Bayer, enviado ao Cazaquistão exatamente quando havia estourado o escândalo envolvendo um medicamento produzido pelo grupo. A mídia local caiu em cima deste executivo, que não sabia como reagir. Em casos como esse podemos ajudar, pois dispomos de treinadores especializados, capazes de auxiliar um executivo a saber como se comportar frente a uma câmera ou a um microfone. Além disso, nossos consultores podem também fornecer informações sobre a linha editorial seguida por cada emissora de rádio, TV ou jornal local", observa a diretora Meuer.

Nos próximos anos, a Academia DW pretende entrar para o clube dos cinco principais consultores alemães em treinamento intercultural. Com as verbas oriundas deste tipo de prestação de serviços, serão viabilizados outros programas de formação para profissionais de países em desenvolvimento. Estes programas vêm sendo até hoje financiados pelo Ministério alemão da Cooperação Econômica.