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Indiferença da bolsa à Casa Branca

(sv)2 de novembro de 2004

Pesquisa de banco alemão aponta que os destinos do mercado de ações não são influenciados de maneira decisiva pelo resultado das eleições norte-americanas.

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Wall Street: percurso previsível em cada ano de governoFoto: AP

Analisando historicamente, qual partido seria melhor para o mercado de ações? Segundo uma pesquisa realizada pelo banco alemão Postbank, o fato de o governo dos EUA estar nas mãos de republicanos ou democratas é secundário. Pois as turbulências de Wall Street não estão, de acordo com os especialistas do banco, diretamente ligadas à quem dá as cartas na Casa Branca. Muito mais decisivos, segundo a pesquisa, são fatores externos.

Anos estáveis e instáveis

Mesmo assim, os democratas têm uma vantagem: historicamente analisados, os índices da bolsa cresceram 52% sob governos democratas, enquanto sob os republicados a média foi de 37%. Considerando que tais oscilações dependem intimamente de outros fatores, a discrepância não pode ser considerada de extrema importância, afirmam os analistas do Postbank.

As escaladas vertiginosas dos índices da bolsa são observadas, via de regra, nos segundos e terceiros anos do mandato do presidente norte-americano. Depois disso, no quarto ano, um período eleitoral, os números não são tradicionalmente tão positivos. Isso não importando se um democrata ou um republicano ocupa o posto de presidente. Os piores índices em Wall Street são geralmente registrados no primeiro ano de mandato de um presidente recém-eleito.

As regras da cotação do dólar

É interessante notar que o primeiro ano de um governo sob um presidente republicano coincidiu freqüentemente com uma recessão econômica e com as oscilações dos preços do petróleo nos aos 70 e 80. Também o câmbio do dólar em relação ao euro e, anteriormente, ao marco alemão, foi analisado pela pesquisa.

A cotação do dólar seguiu em quase todos os períodos de governo um mesmo modelo: a um primeiro ano, com oscilações moderadas, seguem-se sempre um segundo e terceiro anos com quedas fortes na cotação da moeda e um quarto ano registrando valorizações sensíveis da moeda. Uma exceção à esta regra é o atual governo Bush, sob o qual a cotação do dólar se manteve também no quarto ano baixa.

O diário alemão Handelsblatt aponta que, apesar da indiferença aparente da bolsa, as eleições norte-americanas trazem atualmente insegurança aos investidores alemães. Segundo o jornal, 37% dos investidores do país retiraram seu capital de ações norte-americanas, aguardando o resultado do pleito para tomar novas decisões. Uma pesquisa publicada pelo mesmo diário aponta que 61% dos investidores alemães estimam um impulso no mercado de ações com uma vitória de Kerry nas urnas. Enquanto apenas 22% destes contam com resultados positivos em caso de uma vitória de Bush.