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Resultados da conferência em Haia decepcionam

tim19 de abril de 2002

Deter a destruição das florestas naturais era o objetivo central dos participantes. Porém, medidas concretas não foram decididas.

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Desmatamento na Floresta AmazônicaFoto: AP

Terminou nesta sexta-feira (19), em Haia, a 6ª Conferência dos Países Signatários da Convenção sobre a Diversidade Biológica. Representantes dos 182 países que ratificaram a CDB reuniram-se para aprovar um programa internacional de proteção às florestas naturais para os próximos dez anos. Apresentaram uma lista de 130 resoluções, mas nem pontos concretos, nem o financiamento do programa foram esclarecidos.

Os ministros participantes da convenção perderam a chance de ajustar os rumos da política na questão das matas nativas, segundo Martin Kaiser, especialista em florestas do Greenpeace. "O programa apresentado agora é tão útil para a floresta como um tigre desdentado", reclama ele sobre os resultados insuficientes.

Rússia, França e Alemanha discutiram iniciativas positivas, mas as resoluções da CDB precisam ser decididas por unanimidade. Especialmente Brasil, Canadá e Malásia bloquearam, rigorosamente, medidas eficientes, segundo a NABU, organização alemã de proteção da natureza. Os Estados Unidos nem sequer ratificaram a CDB e, portanto, não tinham direito a voto.

Tampouco foi conseguido uma suspensão temporária do desmatamento em escala industrial, como menor passo para a frente aceitável. Já nas duas semanas da conferência, foram derrubados 360 mil hectares, afirma o Greenpeace. As florestas naturais do mundo são os últimos centros de biodiversidade. Sua proteção deve ter prioridade absoluta, pois, se sua destrução continuar, em breve não precisaremos mais de conferências, concluiu Jochen Flasbarth, presidente da NABU.