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PolíticaAlemanha

Alemanha: Alcançado acordo de coligação governamental

DW (Deutsche Welle) | com agências
24 de novembro de 2021

Depois de semanas de negociações, o SPD, Os Verdes e FDP anunciaram um acordo para formação do novo Governo que vai suceder o Executivo de Angela Merkel. Partidos pretendem abandonar energia à base do carvão até 2030.

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Coligação "semáforo" na Alemanha: Os Verdes, SPD e FDP
Olaf Scholz (no centro) deve ser anunciado como novo chanceler alemão no início de dezembroFoto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance

Depois de quase dois meses da realização das eleições parlamentares na Alemanha, os partidos Social-Democrata (SPD), Os Verdes e Liberal Democrático (FDP) chegaram a um acordo de coligação para formar o novo Governo. 

Com o acordo, é esperado que o líder social-democrata (atual ministro das Finanças e vice-chanceler), Olaf Scholz, seja eleito chanceler da Alemanha pelo Parlamento (Bundestag) no começo de dezembro como sucessor de Angela Merkel.

Na sequência de semanas intensas de negociações, o acordo tripartido pretende antecipar o abandono da energia à base de carvão de 2038, como estabelece a meta atual, para 2030. De acordo com a emissora alemã ARD, é também esperada uma ampliação do uso de energias renováveis, com uma cobertura de 80% das energias eólica e solar até 2030, e a circulação de um terço de carros elétricos. A ideia é, no futuro, parar de conceder licenças aos veículos movidos por combustíveis fósseis.

Distribuição de ministérios

Numa conferência de imprensa esta quarta-feira (24.11), a coligação chamada "semáforo" (em referência às cores dos partidos) anunciou que o SPD, a força mais votada nas legislativas de setembro, com 25,7% dos votos, vai liderar o novo Governo, com Olaf Scholz como chanceler.

Imagem mostra energia eólica na Alemanha
A coligação pretende alargar o uso de energias renováveis, com uma cobertura de 80% das energias eólica e solar até 2030Foto: Tom Weller/dpa/picture alliance

O recém-criado Ministério da Habitação, tal como as pastas da Defesa, Interior, Trabalho e Assuntos Sociais, entre outras, num total de sete ministérios, serão controlados pelo SPD.

Os Verdes, terceiro partido mais votado, deverão assumir cinco ministérios e o cargo de vice-chanceler no futuro Governo, incluindo um ministério que vai juntar as áreas da Economia e do Ambiente, e a pasta dos Negócios Estrangeiros, que deve ser liderada por Annalena Barbock, avançou a ARD.

Os liberais do FDP ficam com quatro pastas, nomeadamente, Justiça, Transportes, Educação e das Finanças, que deverá ser entregue a Christian Lindner, líder da força partidária.

Novo chanceler será anunciado em dezembro

O acordo ainda vai seguir para votação dos partidos nos respetivos congressos que devem ter lugar no início de dezembro.

Caso esta aliança "semáforo" venha a confirmar-se, o novo Executivo passa a substituir a "grande coligação", formada pelo SPD e pela União Social-Democrata alemã (CDU), força política de Angela Merkel que sairá da liderança do país após 16 anos no poder.

Na Alemanha, é tradição que uma coligação de governo necessite alcançar a maioria absoluta no Parlamento (o que também garante a eleição do candidato indicado a chanceler pelo Bundestag). Se for concretizada, esta será a primeira aliança tripartite de governação na Alemanha desde a década de 1950.

Alemanha mais perto da coligação "semáforo"