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Cimeira do G20 arranca na Argentina e sem Merkel

kg | AP | Lusa | EFE
30 de novembro de 2018

A cimeira do G20 começa esta sexta-feira em Buenos Aires, com a guerra comercial entre China e EUA no topo da agenda. A chanceler alemã, Angela Merkel, não chegará a tempo da abertura devido a avaria no avião oficial.

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Foto: picture-alliance/AP Photo/G. Garello

Chefes de Estado e de Governo das 20 maiores economias mundiais reúnem-se na Argentina para discutir os principais temas da agenda internacional. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu aos líderes do G20 que adotem compromissos mais ambiciosos contra as alterações climáticas, para evitar uma divisão que, na sua opinião, seria dramática. "É necessário um compromisso sobre o programa de trabalho do Acordo de Paris", apelou Guterres.

A Cimeira do Clima da ONU, a COP24, será realizada na próxima semana em Katowice, na Polónia. António Guterres lançou a responsabilidade pela redução das emissão aos membros do G20: "Eles são responsáveis por mais de três quartos das emissões de gases poluentes. Também é verdade que têm o poder de reduzir as emissões." 

Guerra comercial China-EUA

Um dos pontos de maior interesse e incógnita no encontro anual do G20 é a forma como o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo da China, Xi Jinping, se relacionarão, quando se reunirem a sós e quando na cimeira a 20 discutirem as relações comerciais a nível global.

Cimeira do G20 arranca na Argentina

Nos últimos dias, Donald Trump provocou uma escalada verbal na guerra comercial, ao anunciar que a atitude intransigente da China levaria os EUA a estenderem o âmbito do incremento de taxas alfandegárias sobre os produtos chineses.

O Governo de Pequim reagiu de imediato, anunciando aumentos tarifários sobre produtos oriundos dos EUA, mas também dos países aliados dos norte-americanos.

Donald Trump, que chegou quinta-feira a Buenos Aires, já anunciou que esta visita de dois dias será marcada por "importantes reuniões" e será "muito produtiva".

Presença saudita polémica

Depois de um encontro bilateral, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o seu homólogo argentino, Mauricio Macri, manifestaram-se sobre a participação na cimeira do príncipe saudita Mohammad bin Salman, após o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

"Esperamos que todas as investigações feitas na Turquia e na Arábia Saudita continuem e esclareçam a verdade à família do senhor Khashoggi e à comunidade internacional", declarou Macron.

 Jamal Khashoggi
Assassianto do jornalista Jamal Khashoggi perturba a diplomacia mundial Foto: imago/IP3press/A. Morissard

A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch pediu ao Governo argentino para investigar o príncipe saudita por crimes de guerra no Iémen. A Constituição argentina reconhece a jurisdição universal para crimes de guerra e tortura.

Sobre a guerra no Iémen, o secretário-geral da ONU afirmou que procurará o diálogo com a Arábia Saudita. "Há um interesse vital em discutir com as partes envolvidas para garantir que os obstáculos existentes sejam removidos e que um diálogo para a paz possa terminar com o conflito mais trágico do ponto de vista do impacto humanitário.", disse António Guterres.

Merkel ainda a caminho

A chanceler alemã, Angela Merkel, irá perder a abertura da cimeira devido a uma avaria no avião oficial, que fez uma aterragem de emergência na cidade de Colónia por problemas técnicos.

O atraso afetará a agenda de Merkel  em Buenos Aires. A previsão era que a chanceler alemã se encontrasse com os presidentes da Argentina, Mauricio Macri, da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping. Fontes do governo alemão ainda não informaram se alguma das reuniões será cancelada devido ao atraso.

O encerramento da cimeira está programado para sábado, quando é esperada a adoção de um comunicado conjunto dos líderes presentes. A chamada "Declaração dos Líderes" reflete os consensos alcançados pelo grupo nos principais temas da agenda internacional, como a economia global, comércio internacional, e alterações climáticas, desenvolvimento sustentável, sustentabilidade, educação, combate à corrupção, entre outros.