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FRELIMO debate perfil do sucessor de Nyusi

rl | sm | gcs | Lusa
5 de abril de 2024

Líder da FRELIMO, Filipe Nyusi, disse que o debate sobre os candidatos do partido às eleições de 9 de outubro é uma "prioridade". Comité Central debate o perfil do sucessor de Nyusi.

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Presidente moçambicano e líder da FRELIMO, Filipe Nyusi, e a sua esposa Isaura
Foto: Ferhat Momade/AP Photo/picture alliance

A reunião do Comité Central da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) arrancou hoje na cidade da Matola ensombrada pelo tema da sucessão do Presidente Filipe Nyusi.

Apesar dos apelos de alguns militantes do partido, a agenda para a reunião de hoje e amanhã anunciada no final da noite de ontem pela Comissão Política da FRELIMO não fazia referência ao debate sobre a escolha do candidato do partido às presidenciais de outubro. Mas esta manhã, Filipe Nyusi declarou que esse tema era uma "prioridade".

"Ao discutirmos a diretiva sobre a eleição de candidatos a deputados da Assembleia da República e a membros das assembleias provinciais, será uma importante oportunidade para avaliarmos o funcionamento dos gabinetes eleitorais a diferentes níveis, incluindo o processo de escolha do candidato da FRELIMO para as eleições de 9 de outubro próximo, como prioridade", afirmou o chefe de Estado moçambicano e líder do partido.

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As declarações de Nyusi foram uma "surpresa" para muitos moçambicanos, segundo Silaide Mutemba, correspondente da DW África em Maputo. "Mas não quer dizer que, no final desta reunião, já possamos ter nomes de candidatos", frisou.

Debate sobre o perfil

Em declarações aos jornalistas, no final do dia de hoje, a porta-voz da FRELIMO, Ludmila Maguni, afirmou que o partido "está a tempo de apresentar o seu candidato às presidenciais de outubro" e avançou que, para já, se está a debater o perfil do futuro candidato.

"Ainda não foram apresentados nomes. Foram discutidas questões sobre o perfil – como os membros do Comité Central acham que este candidato devia ser, para corresponder às [necessidades] do país. Ainda não terminou o Comité Central. No final, podemos dar mais informações sobre os candidatos", referiu Ludmila Maguni.

Sobre se o candidato poderá vir da região centro do país, como se tem questionado, a porta-voz da FRELIMO esclareceu que "a questão não é de onde vem, mas o que pode trazer para a governação do país."

Discursando na abertura do encontro, esta manhã, o secretário-geral da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação de Moçambique (ACCLIN), Fernando Faustino, disse que o candidato deve trazer novas soluções para os atuais desafios que o país enfrenta.

Além disso, "deve ser uma figura que inspira confiança no nosso seio, com um passado limpo, conhecedor da história do partido e que os seus ideais sejam capazes de devolver a identidade da FRELIMO, a sua memória e ideologia", comentou Fernando Faustino.

À margem do encontro de hoje na cidade da Matola, o antigo chefe de Estado, Armando Guebuza, sublinhou que o tema da sucessão de Filipe Nyusi é incontornável.

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